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Dificuldade para dormir ou acordar e cansaço constante estão relacionados à morte precoce, segundo novo estudo

Pessoas que lutam contra a insônia, têm dificuldades em acordar nos horários desejados ou se sentem cansadas frequentemente podem ter um risco maior de morrer mais cedo. Estes fatores estão relacionados à chamada Síndrome do Ritmo Circadiano (CircS). O ritmo circadiano é popularmente conhecido como o nosso relógio biológico e regula os ciclos de sono e vigília do corpo.

Pessoas que lutam contra a insônia, têm dificuldades em acordar nos horários desejados ou se sentem cansadas frequentemente podem ter um risco maior de morrer mais cedo. Estes fatores estão relacionados à chamada Síndrome do Ritmo Circadiano (CircS). O ritmo circadiano é popularmente conhecido como o nosso relógio biológico e regula os ciclos de sono e vigília do corpo.

Segundo o estudo realizado por cientistas estadunidenses e chineses, pessoas que apresentam desequilíbrio do ritmo circadiano estão mais sujeitas a desenvolver condições como obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, depressão e distúrbios do sono. A pesquisa foi conduzida pela China Health and Retirement Longitudinal Study (CHARLS) e pela National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), esta dos Estados Unidos, e publicada na revista científica Nature, na última segunda-feira (28).

Os pesquisadores analisaram 7.637 participantes chineses, acompanhados por 9 anos, e 9.320 norte-americanos, monitorados por 15 anos. Todos de meia idade ou idosos. Foram considerados pacientes com CircS aqueles que relatassem ao menos quatro destes sete elementos:

  • Hipertrigliceridemia (triglicerídeos elevados, acima de 150 mg/dL)
  • Obesidade central (ou circunferência abdominal elevada)
  • Colesterol HDL baixo
  • Hipertensão
  • Hiperglicemia
  • Privação de sono (definida como menos de seis horas)
  • Sintomas depressivos

Ao longo deste tempo, 1.463 participantes do estudo morreram por diferentes causas. Em todas, a síndrome do ritmo circadiano mostrou um índice maior, sendo associado à mortalidade por diabetes, doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Na amostra ocidental, houve relação ainda com causas como doença de Alzheimer, câncer, infecções, gripe e pneumonia.

“O CircS está fortemente associado ao aumento do risco de mortalidade. Essas descobertas ressaltam a importância de abordar as interrupções circadianas nas estratégias de saúde pública”, destaca a publicação.

 

O que atrapalha o ritmo circadiano?

Há múltiplos fatores relacionados à CircS, muitos deles ligados ao estilo de vida do paciente. Entre eles, estão os horários irregulares de sono, alta exposição à luz artificial durante a noite, como o uso excessivo de telas; exposição insuficiente à luz solar durante o dia, trabalho noturno ou em horários irregulares, além do uso de álcool, drogas ilícitas e consumo crônico de cafeína.

Mas há também outros fatores além das escolhas pessoais que podem prejudicar a regulação deste ciclo, como condições médicas subjacentes, ou seja, doenças que não são visíveis, e até influências ambientais.

Ter um horário certo para dormir evita a Síndrome do Ritmo Circadiano — Foto: Freepik
Ter um horário certo para dormir evita a Síndrome do Ritmo Circadiano — Foto: Freepik

Como melhorar o ritmo circadiano?

  • Procure definir um horário para deitar todos os dias. Cochilos longos durante o dia também podem atrapalhar o momento de dormir.
  • Antes de se deitar, troque a exposições à telas por rotinas relaxantes, como meditação ou banho morno.
  • Pratique atividades físicas.
  • Exponha-se à luz do sol assim que acordar.
  • Evite o consumo de álcool ou cafeína durante a noite.
  • Deixe o seu quarto escuro e silencioso.
  • Invista em colchão e roupas de cama confortáveis.
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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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