Dom Gregório Paixão celebrou a escolha do novo papa e indicou que ele deve ter um papado que focará na força dos jovens e na resolução de conflitos sociais

Após o anúncio de Leão XIV como o novo papa da Igreja Católica, o arcebispo metropolitano de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, afirmou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), que o novo pontífice “dará à igreja um rosto jovial”. O sucessor de Francisco é o norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, e passou boa parte de sua trajetória religiosa em missão no Peru.
“E tendo também habitado aqui na América Latina, acredito que ele, pela força da Juventude da América Latina, vai também querer mostrar esse rosto jovem, alegre, encantador de toda a igreja, pela presença daqueles que são mais jovens”, indica.
Dom Gregório celebrou o novo Santo Padre, e falou sobre a surpresa com o nome de Robert, que não havia sido citado como uma possibilidade entre os mais “cotados”. Segundo ele, isso “indica que é na simplicidade daquele que veio como novidade que a gente pode esperar coisas muito boas”.
O arcebispo de Fortaleza comentou ainda que já encontrou com o agora papa, enquanto ele ainda era cardeal, durante uma viagem ao Vaticano, e conta que foi recebido da mesma forma que ele se mostrou durante o discurso de abertura do papado, “com um sorriso no rosto, muito tranquilo e sempre com uma palavra de apoio”.
Sobre o discurso de Leão XIV, dom Gregório Paixão indica que devemos “guardar para sempre as primeiras palavras”.
A primeira palavra que ele disse é uma palavra que deve ser guardada em nosso coração. ‘A paz esteja convosco’. Ele estava de algum modo a dizer à humanidade que paz é o que desejamos… O fim das guerras, e a paz que precisamos ter em nosso coração, porque se nós temos paz, a gente é capaz de construir sempre o novo
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Futuro do papado de Leão XIV
Para dom Gregório, o futuro de Leão XIV deve ser uma “continuidade” da obra de Leão XIII, que fala sobre questões sociais e cuidado com os mais necessitados.
“O nome Leão XIV mostra a continuidade de uma obra que ele deseja manifestar. O antigo cardeal, agora Leão XIV, é verdadeiramente um pastoralista, e, talvez pela grande cíclica do papa Leão XII, ele vai falar sobre as questões sociais, o cuidado que nós devemos ter em uma ação para com os mais necessitados”, diz.
Ainda conforme o arcebispo, Leão XIV, “manifesta seu olhar para toda a humanidade porque a gente perceber que ele deseja fazer chegar a todas as pessoas uma igreja que deve ser samaritana, e ajudar aqueles que mais necessitam”.
“Cada papa é diferente, mas todos eles são continuadores da obra de nosso senhor Jesus Cristo. Eu acho que aquilo que ele [Leão XIV] falou, da simplicidade da palavra e pelos gestos concretos, faz com que a gente espere realmente um papa que use todo o seu coração, porque Santo Agostinho é o teólogo e o filósofo do coração, do amor. Então eu acho que isso é uma coisa muito importante”, assinala.
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