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Como vai funcionar a montadora de carros multimarcas do Ceará

O Ceará foi escolhido para abrigar um empreendimento inédito no País, com o polo automotivo multimarcas, em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza. Por se tratar de um formato disruptivo, ainda pairam muitas dúvidas e curiosidades na população sobre o projeto. A Coluna Victor Ximenes, portanto, preparou uma lista de esclarecimentos sobre a montadora, que já conta com a Chevrolet como primeira marca oficializada.

Empreendimento adota formato pioneiro no Brasil. Planta semelhante opera no Uruguai

Escrito por
Victor Ximenesproducaodiario@svm.com.br
29 de Setembro de 2025 – 07:00

Legenda: Antiga fábrica da Troller em Horizonte
Foto: Thiago Gadelha

O Ceará foi escolhido para abrigar um empreendimento inédito no País, com o polo automotivo multimarcas, em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza. Por se tratar de um formato disruptivo, ainda pairam muitas dúvidas e curiosidades na população sobre o projeto. A Coluna Victor Ximenes, portanto, preparou uma lista de esclarecimentos sobre a montadora, que já conta com a Chevrolet como primeira marca oficializada.

Como funciona uma montadora multimarcas?

Trata-se de uma indústria onde uma infraestrutura unificada é compartilhada para a produção de carros de marcas diversas. No Brasil, a primeira aplicação desse modelo será no polo automotivo do Ceará. As demais montadoras em operação no País atuam em sistemática própria de produção, com cada bandeira produzindo seus veículos.

Outros países têm montadoras multimarcas?

Sim, vários. Alguns exemplos são Holanda, Finlândia, Áustria, México, Tailândia e Argélia. Na América do Sul, a pioneira fica no Uruguai. Por lá, a Nordex produz carros da Kia, Peugeot, Citroen, Ford, Geely, Renault, entre outras. Essa planta, aliás, serviu de inspiração para o projeto do Ceará.

Quem vai montar os carros é a GM?

 

Chevrolet Spark
Legenda: Chevrolet Spark
Foto: Divulgação/Chevrolet

 

Não, a General Motors (GM), dona da Chevrolet, vai terceirizar a produção do SUV elétrico Spark e da Captiva EV para a Comexport, principal investidora do empreendimento. As peças virão da China em kits que serão montados na fábrica de Horizonte.

Embora a GM seja norte-americana, o carro será mais chinês e brasileiro do que estadunidense. Para esse modelo, a GM tem parceria firmada com as montadoras chinesas Saic e Wuling. O Spark, portanto, será basicamente uma versão do Baojun Yep Plus, nome utilizado na China.

Quem é a Comexport?

Fundada nos anos 1970, a brasileira Comexport é a maior empresa de comércio exterior do País. Além do setor automotivo, a companhia atua nos ramos de alimentos/bebidas, aviação, cosméticos, hospitalar, entre outros, com foco em soluções logísticas de importação e exportação, além de possuir operação própria em indústria têxtil, fertilizantes, químicos, etc.

Quais marcas estão confirmadas?

Por enquanto, apenas a Chevrolet, especificamente com o Spark. Há, porém, negociações com outros players. Fale-se nos bastidores em marcas chinesas, como a Omoda Jaecoo, que faz parte da holding da Chery. Os nomes são preservados por contratos de confidencialidade.

Quando começa a montagem dos carros?

Não há data oficial ainda, mas a GM tem pressa. Ainda em 2025, a empresa quer receber algumas centenas de unidades. Em 2026, a produção deverá variar conforme demanda do mercado. Estima-se algo entre 8 mil e 12 mil.

Por que o Ceará foi escolhido?

Houve um longo e intenso período de prospecção envolvendo agentes do Governo do Estado, a Comexport e as marcas. O Ceará ofereceu vantagens fiscais e de desburocratização. A utilização da antiga fábrica da Troller, fechada pela Ford, foi essencial para materializar o projeto.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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