Os partidos políticos que se preparam para disputar as eleições de 2026 terão à disposição um dos maiores volumes de recursos públicos já destinados a campanhas eleitorais. A primeira sinalização do montante foi dada, nesta terça-feira (30), pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), que aprovou um valor de R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral.
Esse número supera, em muito, a proposta inicial encaminhada pelo Poder Executivo, que previa R$ 1 bilhão na peça orçamentária enviada ao Congresso Nacional. O aumento expressivo reflete a pressão de parlamentares que, em ano pré-eleitoral, articulam a destinação de recursos para fortalecer suas candidaturas e as de seus aliados.
O orçamento de 2026 deve ser aprovado até 31 de dezembro e, até lá, a movimentação no Congresso promete ser intensa. Deputados federais e senadores trabalham na apresentação de emendas para garantir a manutenção do fundo robusto, considerado essencial para a disputa que abrangerá cargos de presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Além do Fundo Eleitoral, os partidos também contarão com uma fatia extra: o Fundo Partidário, que deve alcançar pelo menos R$ 600 milhões em 2026. Esses recursos, destinados originalmente à manutenção das legendas, poderão ser utilizados nas campanhas, ampliando ainda mais o caixa das siglas.
O debate sobre o montante destinado às eleições costuma gerar polêmica, dividindo opiniões entre os que defendem o financiamento público como forma de reduzir a influência econômica privada e os que criticam o gasto bilionário em um país com graves demandas sociais.
De todo modo, a sinalização da CMO indica que o pleito de 2026 será marcado por campanhas financeiramente robustas, em que os partidos terão meios de investir pesado em estratégias de comunicação, marketing e mobilização de eleitores.
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