Antoni Lallican foi vítima de ataque russo, segundo o presidente francês Emmanuel Macron

O fotojornalista francês Antoni Lallican de 37 anos, morreu na última sexta-feira (3), na cidade de Druzhkivka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. O profissional foi vítima de um ataque russo por drone, conforme falou em comunicado o presidente francês Emmanuel Macron.
As circunstâncias do ataque ainda estão sob investigação.
O jornalista ucraniano Heorhiy Ivanchenko ficou ferido no mesmo ataque. Seu estado de saúde, no entanto, é estável.
A Brigada Mecanizada Pesada nº 4, na qual os jornalistas estavam, escreveu em pronunciamento, por meio das redes sociais, que ambos os jornalistas usavam coletes à prova de balas e tinham as marcas de identificação “Imprensa”.
A Brigada Mecanizada Pesada é uma unidade do Exército das Forças Terrestres Ucranianas.

Antoni Lallican estava na região a trabalho para a agência de fotojornalismo Hans Lucas, com sede em Carcassonne, na França. A agencia prestou homenagem ao jornalista por meio de comunicado nas redes sociais.
“Membro da nossa agência desde 2018, Antoni Lallican era um profissional experiente, comprometido e profundamente humano. Seu trabalho focou em questões sociais e sociais, com particular atenção às zonas de conflito e aos direitos humanos”.
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O Sindicato Nacional de Jornalistas da França (SNJ) também informou a morte de Lallican, “apresentamos nossas sinceras condolências e nossos mais profundos sentimentos de apoio à sua família, amigos e colegas”.
O presidente francês Emanuel Macron afirmou que Lallican foi “vítima de um ataque de drones russos”.
A Brigada que os repórteres estavam assegurou que o equipamento pertencia aos russos. Lallican “morreu após um ataque seletivo de um drone FPV inimigo”, afirmou o grupo no Facebook.
Jornalistas vítimas da guerra
Segundo a Unesco, 22 jornalistas morreram enquanto exerciam seu trabalho. O Sindicato Nacional de Jornalistas da França aponta o número de mortos em 17.
Veja trabalhos de Antoni Lallican
Um fotojornalista radicado em Paris. Seus trabalhos foram publicados em diversos veículos de comunicação, incluindo Le Monde, Le Figaro, Libération, Mediaparte e outros.
Em março de 2022, logo após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, ele viajou ao país. Desde então, vem documentando as consequências da guerra e iniciou um trabalho de longo prazo com os habitantes da bacia carbonífera de Donbass, no sudeste da Ucrânia.
Em janeiro, ganhou o Prêmio Victor Hugo de Fotografia de Engajamento de 2024 por sua envolvente reportagem “De repente, o céu escureceu“, sobre a guerra na Ucrânia.
















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