O PIX será o protagonista das compras do Dia das Crianças deste ano: entre os consumidores que pagarão à vista (85%), metade pretende usar a transferência instantânea. O dado integra o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, em parceria com a Offerwise Pesquisas, que projeta uma injeção de R$ 16,73 bilhões na economia, impulsionada pelo fato de 70% dos entrevistados afirmarem que irão às compras (acesso em cndl.org.br). O gasto médio estimado é de R$ 297 por pessoa.
No carrinho, roupas e calçados lideram a intenção de compra (43%), seguidos por bonecas e bonecos (36%), jogos educativos (26%) e brinquedos como carrinhos, aviões e bolas (17%). Para o presidente da CDL de Fortaleza, Assis Cavalcante, o apelo afetivo sustenta o movimento do varejo mesmo com orçamento apertado. “Mesmo no limite do seu orçamento familiar, os consumidores seguem valorizando o ato de presentear. E o Dia das Crianças é uma data afetiva, e isso se traduz em movimento para o varejo”, avalia.
Embora a compra à vista predomine, 40% dos consumidores pretendem parcelar, principalmente no cartão de crédito, em média em cinco vezes, o que indica espaço para estratégias de financiamento responsável nas lojas. A motivação é majoritariamente emocional: 32% compram pelo prazer de ver as crianças felizes, 22% mantêm o hábito de presentear pessoas queridas e 18% valorizam o simbolismo da data. Entre os 12% que planejam reduzir gastos, pesam a necessidade de economizar (27%), o orçamento apertado (26%) e o acúmulo de dívidas (21%). Já quem pretende gastar mais (37%) cita o desejo de dar um presente melhor (43%) e o efeito da alta de preços (37%).
Qualidade pesa mais que preço na hora da escolha: 46% apontam esse critério como decisivo para definir onde comprar; ao selecionar o presente, 30% priorizam qualidade, 20% o desejo da criança e apenas 14% o preço. A celebração da data segue robusta: 91% planejam comemorar, sobretudo em casa (37%) ou na residência de parentes, com shoppings (13%) e parques (8%) também entre as opções.
O levantamento ouviu 842 consumidores em todas as capitais entre 28 de agosto e 4 de setembro de 2025. Para o varejo, o retrato combina otimismo com cautela. Na avaliação do conselheiro do Corecon-CE, Ricardo Rocha, apesar dos desafios da economia brasileira, como a inflação, entre outros, estamos com a menor taxa de desemprego da história do país, desde que essa métrica começou a ser utilizada. “Adicionalmente, em novembro, teremos o pagamento da primeira parcela do 13º salário e, com isso, muitos brasileiros iniciarão as férias nesse período, injetando mais recursos na economia. Essa injeção de recursos beneficiará, em grande parte, o setor de comércio e serviços”.
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