A vítima estava internada e sofreu uma piora no quadro de saúde no domingo (12) após ter uma lesão grave no cérebro

Na segunda-feira (13), morreu a mulher que ingeriu a planta tóxica conhecida como “falsa couve”. Claviana Nunes da Silva, de 37 anos, estava internada desde da última quarta-feira (8) em Patrocínio, no Alto Paranaíba. O seu estado de saúde piorou no domingo (12) após ter uma lesão grave no cérebro.
Além de Claviana, outras três pessoas foram internadas por ingerirem a mesma planta durante um almoço em família. Entre eles, um idoso de 67 anos que recebeu alta um dia após a intoxicação.
CASO EM INVESTIGAÇÃO
Na quarta-feira (8), por volta das 15h, uma família inteira passou mal ao ingerir a planta tóxica durante um almoço. Foram atendidas por equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar.
As vítimas teriam confundido a planta, cientificamente nomeada como Nicotiana Glauca, e acreditado que o vegetal era couve, devido a semelhança entre as plantas. Conforme investigado, a família se mudou para a chácara que residiam recentemente e teriam colhido a planta no próprio quintal.
A secretaria de saúde informou que, inclusive, foi encontrado parte da “falsa couve” encontrada na arcada dentária da mulher e encaminhada, junto com outras folhas da planta, para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
ESTADO DE SAÚDE DAS VÍTIMAS
Um homem de 60 anos, integrante da família, se encontra em estado grave com dificuldade de respirar e em coma induzido. Já uma segunda vítima, de 64 anos, foi extubado no sábado (11) e mantém um quadro de saúde estável.
Uma criança de 2 anos também foi hospitalizada, mas apenas para observação, já que não chegou a ingerir a planta.
DIFERENÇA ENTRE A “FALSA COUVE” E A VERDADEIRA
A Nicoutina Glauca, ou falsa couve, possui folhas um pouco mais finas, textura aveludada e coloração verde-acinzentada em comparação com a couve.
“Enquanto a couve que a gente consome tem a folha mais grossa e nervuras bem marcadas, a Nicotiana glauca tem um verde mais vivo. Mas, ainda assim, se você não tem uma do lado da outra, fica bastante difícil a diferenciação. A dica é não consumir nada que você não tenha certeza da procedência”, afirmou a professora Amanda Danuello, especialista em química de produtos naturais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Nicoutiana Glauca (Foto: Reprodução)
Além disso, a Nicotiana glauca também é chamada de charuteira, tabaco-arbóreo ou popularmente como ‘fumo bravo’, e é uma planta extremamente tóxica, comum em áreas rurais e à beira de estradas em todo o Brasil.











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