O projeto de lei foi aprovado nesta quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ); o texto segue agora para aprovação pelo plenário da Assembleia

O Projeto de Lei Complementar 40/2025 que autoriza o Governo do Estado a se desfazer de 62 imóveis foi aprovado nesta quarta-feira (22) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
Dentre esses imóveis, cogita-se a venda do Complexo do Maracanã e a Aldeia Maracanã entre as áreas passíveis de alienação.
Ambos os imóveis foram incluídos na lista após uma mudança no texto original que inicialmente contabilizava para a venda de 48, mas a contagem final ficou bem maior depois que os deputados retiraram 16 bens, mas acrescentaram outros 30.
ENTENDA A PROPOSTA
De acordo com o presidente da comissão, o deputado Rodrigo Amorim (União), a venda do Complexo Esportivo do Maracanã renderia cerca de R$2 bilhões ao estado. A inclusão de ambos os imóveis foi de autoria do parlamentar a partir de conversas diretas com o presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União).
“O mercado é que vai determinar o valor final. No caso do Complexo do Maracanã, incluindo o estádio e a área da Aldeia, calculamos algo em torno de 2 bilhões de reais. Mas o mais importante não é apenas o dinheiro que entra, é o que deixa de sair. Dar uso produtivo a esse espaço tem impacto enorme na economia fluminense “, pontuou Amorim.
MARACANÃ ABANDONADO?
Ainda de acordo com o deputado, a Aldeia Maracanã está em estado de abandono e chegou a citar o estádio de Wembley, na Inglaterra, como um exemplo inteligente de geração de renda e comércio, segundo ele, o Maracanã poderia seguir o mesmo caminho.
“É possível usar os recursos de uma eventual negociação do terreno para financiar políticas culturais, inclusive indígenas. O problema é deixar o espaço abandonado. Estive recentemente em Wembley, na Inglaterra, o entorno do estádio é um exemplo de uso inteligente”, defendeu Amorim.
O deputado afirmou que a aldeia é ocupada por um grupo de pessoas que transformam o espaço em uma área de militância e que não concorda com o que acontece por lá.
“A Aldeia Maracanã ocupa uma área de 14 mil metros quadrados ao lado do estádio, hoje em condição de degradação. O local já tem sentença transitada em julgado determinando a retomada do imóvel pelo Estado. O que há lá hoje é uma ocupação residual, com poucas pessoas que se autodenominam indígenas, mas que na prática transformaram o espaço em uma área de militância. Sou a favor da valorização da cultura indígena, mas não da forma como está”, apontou o parlamentar.











Adcionar comentário