Foram divulgados ainda números de armas e presos em ações

O Governo do Rio de Janeiro divulgou um balanço oficial das mortes, armamentos apreendidos e prisões realizadas na Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, na terça-feira (28). O secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Felipe Curi, afirmou nesta quarta-feira (29) que a operação “Contenção” representou “o maior baque da história do Comando Vermelho desde a sua fundação no fim da década de 1970”.
A ação, deflagrada pelas Polícias Civil e Militar com apoio do Ministério Público nos complexos do Alemão e da Penha, teve como alvo o núcleo central da facção criminosa e resultou na morte de 119 pessoas — entre elas, quatro policiais.
Números oficiais do Governo do Rio de Janeiro:
- Total de presos: 113 presos
- Presos de outros estados: 33 presos
- Adolescentes apreendidos: 10
- Armas aprendidas: 118 armas (91 fuzis, 26 pistolas e 1 revolver)
- 14 artefatos explosivos
- Centenas de carregadores
- Toneladas de drogas ainda contabilizadas
- Total de mortos em (28/10): 58 (Incluindo quatro policiais)
- Mortos encontrados por moradores (29/10): 61
Segundo Curi, “quem optou pelo confronto foi neutralizado” e que a ação foi “legítima, amparada por ordens judiciais”. Curi enfatizou que “as únicas vítimas foram os quatro policiais mortos” e que os demais neutralizados “eram narcoterroristas”. Os registros de ocorrência, segundo ele, tratam os policiais como vítimas de tentativa de homicídio e os criminosos mortos como autores dessas tentativas.
Defesa da atuação policial
Durante a coletiva, o secretário fez um discurso enfático em defesa da atuação das forças de segurança e criticou o que classificou como “narrativas que tentam transformar criminosos em vítimas”.
Curi afirmou que mais de 2.500 agentes participaram da operação “em defesa das pessoas de bem, que são oprimidas por narcoterroristas armados que impõem medo nas comunidades”. Ele também destacou que a ação teve como objetivo “impedir o avanço da facção criminosa em nível nacional”, uma vez que o Comando Vermelho, segundo ele, “já está presente em praticamente todos os estados do país”.
Reação às críticas
O delegado também rebateu as acusações de que a operação teria sido uma chacina.
“Chacina é a morte indiscriminada, ilegal e aleatória de várias pessoas. O que fizemos foi uma ação legítima do Estado”, afirmou.
Ele ainda citou a abertura de inquérito na 22ª Delegacia de Polícia da Penha para investigar a suposta manipulação de corpos de criminosos, que teriam sido retirados da mata e colocados em vias públicas. “Temos imagens que mostram pessoas retirando esses corpos e tirando a roupa dos marginais. Isso será apurado como fraude processual”, disse.











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