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Simulados para o Enem: como organizar, cronometrar e corrigir para otimizar os estudos

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser realizado nos domingos 9 e 16 de novembro, os simulados ganham papel central na rotina dos estudantes.

Provas do Exame Nacional do Ensino Médio 2025 ocorrem dias 9 e 16 de novembro.

Escrito por
Ana Alice Freire*ana.freire@svm.com.br
30 de Outubro de 2025 – 06:00

Estudante preenchendo cartão de respostas do Enem com lápis durante prova em sala de aula.
Legenda: Enem 2025 será realizado nos dias 9 e 16 de novembro
Foto: Shutterstock

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser realizado nos domingos 9 e 16 de novembro, os simulados ganham papel central na rotina dos estudantes.

Mais do que uma simples avaliação, eles funcionam como ferramenta de autoconhecimento e estratégia, segundo professores que orientam candidatos na reta final.

Para Sousa Nunes, professor de Língua Portuguesa e chefe do Departamento de Redação do Colégio Farias Brito, o simulado é “o espelho em que o estudante se enxerga em movimento”.

Ele explica que a prática ajuda o aluno a testar o próprio preparo, identificar fragilidades e desenvolver resistência mental. “Não basta estudar o conteúdo, é preciso experimentar o tempo, a tensão e o imprevisto, como quem treina o fôlego antes de atravessar o rio”, afirma.

A recomendação dos especialistas é incluir o simulado na rotina semanal ou quinzenal, com regularidade e disciplina. O ideal, segundo Caliel Vinicius Braga, professor de História em Fortaleza, é que o estudante faça ao menos um simulado completo a cada duas semanas, alternando com versões temáticas.

“O simulado é mais importante do que assistir aulas. Ele te mostra onde você está sabendo e onde está errando. Quem faz de maneira regular tende a alcançar notas mais altas”, explica.

Tempo no Enem

Para que o treino seja eficaz, é fundamental reproduzir as condições reais do exame. Nada de celular, anotações ou interrupções. O estudante deve se isolar em um ambiente silencioso, seja quarto, biblioteca ou sala de estudos, e cronometrar o tempo de resolução.

“O tempo, no Enem, é um personagem e um adversário. Cronometrar é educar a mente para a urgência, para a tomada de decisão sob pressão”, observa Sousa Nunes.

 

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Na correção, o foco deve ir além dos acertos. O ideal é investigar as causas dos erros: se foram de conteúdo, interpretação ou pressa. Essa análise transforma o simulado em um mapa de aprendizado. “Corrigir não é apenas conferir acertos. É investigar causas”, reforça.

A prática contínua também desenvolve serenidade e autonomia. Caliel Braga comenta que, ao longo das semanas, é possível perceber “uma nítida evolução em captar o conteúdo e reconhecer os padrões das questões”.

Já Sousa Nunes destaca a mudança de postura dos alunos: “Eles deixam de ser receptores de conteúdo e se tornam gestores do próprio desempenho. Passam a estudar com propósito, interpretando o erro como dado, não como fracasso.”

Além do conteúdo, os professores apontam a importância do preparo emocional. Treinar o corpo e a mente para longos períodos de concentração — com pausas curtas e respiração controlada — ajuda a reduzir a ansiedade. “A ansiedade nasce do desconhecido. O simulado, repetido e planejado, transforma o novo em familiar”, diz Sousa Nunes.

Na reta final, os professores sintetizam sugestões de como treinar resistência emocional e física na hora de exercitar os simulados, que também devem ser aplicadas, posteriormente, na hora da prova. Confira:

  1. Treine o foco em blocos de 30 a 40 minutos (ou cerca de 15 questões) com pausas curtas de 3 minutos;
  2. Gerencie energia, não apenas tempo: mantenha-se hidratado, alongue-se levemente e cuide da postura;
  3. Reforce o propósito antes de começar — lembrar por que está estudando sustenta o esforço;
  4. Encare o simulado como treino mental, um rito de concentração, não como castigo;
  5. Use simulados longos para descobrir seu ponto de queda de rendimento e criar estratégias pessoais (como alterar a ordem das provas ou intercalar matérias leves);
  6. Reduza a ansiedade pela repetição: quanto mais simulados fizer, mais familiar será o ambiente da prova;
  7. Crie rituais de estabilidade: use o mesmo horário, caneta, lanche e ambiente em cada simulado, para o corpo associar à calma e ao foco;
  8. Na reta final, confie mais do que revise — descanso e confiança valem mais do que estudar em excesso;
  9. Durma bem e alimente-se com leveza nos dias que antecedem a prova;
  10. Evite estudar na véspera, faça apenas revisões leves de fórmulas e temas recorrentes;
  11. Realize um último simulado leve apenas para manter o ritmo e a confiança;
  12. No dia da prova, respire fundo antes de cada texto, leia com atenção e escolha com calma.

Simulado do Enem

Os estudantes que estão se preparando para o Enem agora têm acesso ao Simuladão no aplicativo MEC Enem, lançado pelo Ministério da Educação neste mês.

Segundo o MEC, a iniciativa disponibiliza simulados de questões alternativas por campo do conhecimento, correção automatizada de redação, materiais de reforço (vídeos e apostilas) e assistente virtual.

A ferramenta está disponível na Apple Store e Google Play e pode ser acessado via navegador, por meio do app.mecenem.mec.gov.br, por todos os estudantes, jovens e adultos que queiram testar seus conhecimentos.

Além disso, é possível estudar para o Enem por meio de provas de anos anteriores disponíveis no site do MEC. Clique aqui e confira.

*Estagiária sob supervisão da jornalista Dahiana Araújo

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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