A evolução da medicina foi possibilitando acesso a diferentes métodos contraceptivos — na maior parte, direcionados a mulheres. Ao longo do tempo, novos produtos foram desenvolvidos, como pílulas combinadas com estrogênio e progesterona, minipílulas, dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes e injeções. No entanto, esses aliados do planejamento familiar impactam fortemente a saúde feminina. Agora, uma nova pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, acaba de sinalizar que alguns métodos para evitar a gravidez podem aumentar o risco de câncer de mama.
A evolução da medicina foi possibilitando acesso a diferentes métodos contraceptivos — na maior parte, direcionados a mulheres. Ao longo do tempo, novos produtos foram desenvolvidos, como pílulas combinadas com estrogênio e progesterona, minipílulas, dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes e injeções. No entanto, esses aliados do planejamento familiar impactam fortemente a saúde feminina. Agora, uma nova pesquisa da Universidade de Uppsala, na Suécia, acaba de sinalizar que alguns métodos para evitar a gravidez podem aumentar o risco de câncer de mama.
Segundo a publicação, feita nessa quinta-feira (30/10) na revista JAMA Oncology, trabalhos anteriores se concentraram principalmente nas pílulas anticoncepcionais combinadas — com progesterona e estrogênio sintéticos na composição —, que costumavam ser a opção mais comum. Hoje, as alternativas à base de progesterona estão se tornando cada vez mais populares, o que torna importante estudar detalhadamente seus efeitos na saúde a longo prazo.
O estudo destacou que tanto as pílulas anticoncepcionais combinadas quanto os dispositivos intrauterinos hormonais contendo levonorgestrel, que estão entre os produtos mais comumente usados, foram associados a um risco menor de câncer de mama em comparação com o desogestrel.
AUMENTO CÂNCER DE MAMA
De forma geral, o uso de contraceptivos hormonais foi associado a um aumento de 24% no risco de câncer de mama, o que corresponde a aproximadamente 1 caso a mais a cada 7.800 pessoas que utilizam esses produtos, por ano. Além disso, as chances aumentaram com o tempo.
O uso prolongado, entre 5 e 10 anos, de produtos com desogestrel foi associado a um risco quase 50% maior de câncer de mama, enquanto a utilização correspondente de produtos com levonorgestrel resultou em um aumento de cerca de 20% nas chances de desenvolver a doença. Pílulas anticoncepcionais contendo drospirenona combinada com estrogênio, também comuns, não foram associadas a uma elevação no risco. Para os pesquisadores, essa pode ser uma opção mais segura para mulheres com pré-disposição ao tumor.
Informações – Correio Braziliense
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