
A tilápia foi oficialmente incluída na Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) pelo governo Lula, uma decisão que gerou preocupação entre produtores, embora o Ministério do Meio Ambiente tenha afirmado que o cultivo comercial da espécie continuará permitido. A medida, baseada em pesquisas científicas e consultas públicas, reconhece que a tilápia, originária da bacia do Rio Nilo na África, pode causar desequilíbrios ambientais ao escapar de áreas de produção e se estabelecer em rios e lagos fora de seu habitat natural.
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A tilápia é considerada uma espécie invasora devido à sua alta adaptabilidade, territorialidade e capacidade de competir com espécies nativas, além de ser onívora e afetar a produtividade e nutrientes em ecossistemas aquáticos.
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Pesquisadores alertam que a espécie já foi encontrada em rios fora das áreas de produção, incluindo em regiões como o Rio Grande do Sul, o Paraná e o litoral fluminense, com registros de tilápias em ambientes marinhos, o que demonstra sua capacidade de se adaptar a águas salobras e salgadas.
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Apesar da inclusão na lista, o governo reafirma que não há proposta ou planejamento para banir o cultivo ou a comercialização da tilápia, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continua autorizando a criação da espécie.
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O setor produtivo teme que a nova classificação possa gerar novas exigências regulatórias, atrasar licenciamentos e dificultar o acesso ao mercado externo, enquanto ministérios da Agricultura e da Pesca e Aquicultura discordam do posicionamento do Ministério do Meio Ambiente.
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A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) está em processo de revisão, com o Ministério da Pesca preparando um parecer técnico para pedir a retirada da tilápia da lista, considerando a medida “desproporcional”.










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