
Novembro chegou e com ele o 13º salário de mais de 80 milhões de brasileiros. No Nordeste, são cerca de R$ 50 bilhões que passarão pelas mãos dos trabalhadores. A pergunta é: esse dinheiro vai trabalhar para você ou contra você?
Pesquisa do SPC Brasil mostra que 68% dos brasileiros já comprometeram o 13º antes mesmo de recebê-lo: dívidas, contas atrasadas, compras de fim de ano. No Nordeste, esse número sobe para 73%.
O problema não é quitar dívidas, mas criar um ciclo vicioso: pagar em novembro para endividar-se novamente em dezembro. Conheci dois trabalhadores cearenses em 2020.
Maria, auxiliar de limpeza, usou todo o 13º para pagar o cartão sufocado. José, segurança, investiu metade. Cinco anos depois, Maria segue na mesma luta. José acumulou R$ 28 mil e planeja comprar seu apartamento. Mesmo salário inicial, decisões diferentes.
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TRÊS CAMINHOS PARA SEU 13º
- Primeiro, quite dívidas caras. Juros de cartão ultrapassam 400% ao ano. Elimine o que trabalha contra você.
- Segundo, construa sua reserva de emergência. Destine 30% para ter fôlego quando a vida apertar. Deixe na poupança ou Tesouro Selic.
- Terceiro, invista pensando em 2026. Os 30% restantes podem ir para Tesouro IPCA+ ou fundos imobiliários. Um trabalhador que ganha dois salários mínimos e investe metade do 13º por cinco anos acumula cerca de R$ 9 mil acima da inflação.
Não é ficar rico. É construir base, ter escolhas, conquistar dignidade financeira.
SUA DECISÃO DE HOJE
O 13º salário é privilégio brasileiro. Mas privilégio sem estratégia vira desperdício. Você pode deixar o dinheiro escorrer pelos dedos ou usá-lo como semente do seu futuro.
Antes de gastar, pergunte-se: onde quero estar em 2030? Seu 13º não é só dinheiro extra. É a chance anual de reescrever sua história financeira.
Que seu 2026 seja decidido pela sua sabedoria de novembro de 2025.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.










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