Carlos Lopes teve prisão decretada pelo STF; investigações apontam que ele comandava esquema que desviou recursos de aposentados.

A Polícia Federal considera como foragido Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, após não encontrá-lo para cumprir a prisão preventiva determinada pelo ministro André Mendonça, do STF, na quinta-feira (13).
A entidade é apontada como responsável por um dos maiores esquemas de descontos indevidos em aposentadorias, somando R$ 484 milhões entre 2019 e 2024, segundo a CGU.
Lopes é acusado de idealizar e liderar toda a operação criminosa: orientar as fraudes, controlar as transferências financeiras, articular apoio político e determinar a coleta de assinaturas de beneficiários — muitas vezes idosos induzidos a assinar formulários que depois eram usados para criar filiações falsas. Para a PF, ele era o “centro de gravidade” do esquema.
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Em entrevista em outubro, o dirigente negou risco de fuga e disse que era alvo de perseguição política. A Conafer afirmou, em nota, que confia na Justiça e defendeu que os investigados tenham garantido o direito de defesa, criticando o que chamou de “espetacularização”.
Na nova fase da operação Sem Desconto, a PF apreendeu R$ 720 mil em espécie, US$ 72 mil, 23 relógios de luxo, 106 peças de joias, 43 veículos, 57 celulares, armas, munições e dezenas de computadores e notebooks.












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