A empresa não divulgou o número de trabalhadores impactados diretamente pelo fechamento da unidade de Pacatuba

A multinacional cervejeira Heineken anunciou o encerramento das atividades de sua fábrica em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, como parte de uma estratégia de reestruturação industrial no Nordeste. A decisão marca a saída definitiva da empresa do setor produtivo cearense, após já ter fechado outra unidade em Horizonte em 2017, durante o processo de incorporação da Brasil Kirin.
Segundo comunicado da companhia, a medida visa à centralização da produção na planta de Igarassu, em Pernambuco, que passou por um processo de ampliação neste ano. A unidade pernambucana, considerada mais moderna e eficiente, será responsável por absorver a demanda anteriormente atendida pela fábrica cearense. A empresa não divulgou o número de trabalhadores impactados diretamente pelo fechamento da unidade de Pacatuba, mas fontes locais relataram um clima de desalento entre os funcionários.
A fábrica de Pacatuba tinha papel relevante na cadeia produtiva da Heineken na região, contribuindo para o abastecimento do mercado nordestino. O encerramento das operações representa não apenas uma perda de postos de trabalho, mas também um impacto simbólico para o setor industrial do Ceará, que vinha se consolidando como polo cervejeiro nas últimas décadas.
A decisão da Heineken ocorre em um contexto de busca por maior eficiência logística e produtiva. A planta de Igarassu, além de contar com tecnologia mais avançada, está estrategicamente localizada para facilitar a distribuição para os principais centros consumidores do Nordeste. A empresa reforçou que a mudança faz parte de um plano de longo prazo para fortalecer sua presença no mercado brasileiro, otimizando recursos e reduzindo custos operacionais.
Apesar da saída da Heineken, o Ceará ainda abriga unidades produtivas de outras grandes marcas do setor, como Ambev e Schincariol, além da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP). O estado continua sendo um importante centro de consumo e distribuição de bebidas, embora a perda da fábrica da Heineken represente um revés para sua ambição de se consolidar como um dos principais polos cervejeiros do país.











Adcionar comentário