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Startup da Embraer recebe R$ 200 milhões do BNDES para projeto de carros voadores

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um novo financiamento de R$ 200 milhões para a Eve, startup de carros voadores controlada pela Embraer. O recurso será destinado ao avanço da fase de testes e ao processo de certificação das aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs), junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Financiamento vai acelerar testes, certificação e o primeiro voo do eVTOL

Embraer recebe R$ 200 milhões do BNDES para protótipo de carro voador | Eve Air Mobility/Divulgação
Embraer recebe R$ 200 milhões do BNDES para protótipo de carro voador | Foto: Eve Air Mobility/Divulgação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um novo financiamento de R$ 200 milhões para a Eve, startup de carros voadores controlada pela Embraer. O recurso será destinado ao avanço da fase de testes e ao processo de certificação das aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOLs), junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Etapa decisiva para certificação

De acordo com o banco de fomento, o empréstimo permitirá que a empresa avance na preparação do veículo para a campanha de testes necessária à obtenção do certificado de tipo. O diretor financeiro da Eve, Eduardo Couto, afirmou que os recursos serão usados para acelerar uma das etapas mais importantes do projeto.

 

“O financiamento servirá para acelerar a integração do sistema de propulsão elétrica, que garantirá desempenho, segurança e confiabilidade à nossa primeira aeronave certificável”, informou.

Desde 2022, o BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamentos para apoiar o desenvolvimento dos eVTOLs da Eve. Somente no ano passado, foram liberados dois empréstimos, um de R$ 500 milhões e outro de R$ 200 milhões. Em agosto deste ano, a BNDESPar, braço de participações do banco, também passou a integrar o quadro societário da empresa, com 4% de participação acionária.

 

<img class="i-amphtml-intrinsic-sizer" role="presentation" src="data:;base64,” alt=”” aria-hidden=”true” />Protótipo de carro voador da Eve — Foto: Divulgação 

Protótipo de carro voador da Eve — Foto: Divulgação  

Investimento em ações e aporte internacional

A entrada da BNDESPar na Eve ocorreu por meio do investimento como âncora em uma oferta de ações que levantou US$ 230 milhões. Sozinho, o BNDES aplicou R$ 405,3 milhões na operação. A Eve possui capital aberto e tem ações negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE).

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto representa um avanço importante para a indústria nacional.

“A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva, e o banco tem todo o interesse em apoiar. Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, declarou, em nota oficial.

Em comunicados recentes, a Eve informou que o primeiro voo do protótipo em escala real deve ocorrer já na virada deste ano.

Encomendas somam quase 3 mil aeronaves

Segundo a empresa, já existe um pipeline de quase 2,8 mil encomendas de eVTOLs, ainda não vinculantes, com potencial de gerar uma receita estimada em US$ 14 bilhões. Um estudo divulgado pela Eve aponta que, até 2045, o mercado global de mobilidade aérea urbana poderá movimentar cerca de US$ 280 bilhões, com demanda prevista de 30 mil aeronaves e transporte de 3 bilhões de passageiros.

As aeronaves da Eve serão fabricadas em Taubaté, no interior de São Paulo. A planta industrial será instalada em antigas estruturas da Embraer e contará com investimento estimado em US$ 90 milhões.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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