Há no Brasil uma batalha ideológica que se acentua e agudiza à medida que o tempo avança
Escrito por
Egídio Serpaegidio.serpa@svm.com.br
11 de Dezembro de 2025 – 03:41
(Atualizado às 06:07)
Legenda: Foto do Congresso Nacional, que está aprovando pautas bomba que aumentam as despesas governamentais
Foto: Agência Brasil
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Manter longeva uma empresa, de qualquer tamanho, neste Brasil de excesso de riqueza e escassez de homens públicos competentes para administrar sua economia, não é tarefa fácil, nem o será no curto prazo. São hoje e serão amanhã enormes e complicados os problemas causados pela má política e pelos maus políticos com direta e imediata repercussão na atividade econômica.
Ontem, na hora do almoço, esta coluna conversou com um dos líderes da indústria cearense, e ouviu dele opiniões de quem está seriamente preocupado com o porvir. E o que há por vir (reparem como é a língua portuguesa, que separa e junta as mesmas palavras) é de assustar o mais arguto administrador do patrimônio coletivo, o mais bem pago CEO da iniciativa privada, o melhor dos melhores economistas e o mais disputado exorcista. O que está por vir é, do ponto de vista de hoje, o caos das contas públicas, se for mantido o andar da carruagem. Disse o empresário:
“É o que estamos enxergando agora, no momento desta conversa. A crise fiscal, que, exatamente neste instante, é de deixar qualquer um de cabelo em pé, se agrava diariamente por causa, unicamente, da gastança desenfreada do governo, cujos olhos estão postos no único objetivo: a reeleição do presidente Lula.
“Ora, o que em ano eleitoral sempre acontece, isto é, o aumento das despesas governamentais, está neste fim de ano acontecendo de uma maneira extravagante, acho mesmo que de forma irresponsável. E não podemos culpar, apenas, o Executivo, mas também os outros dois poderes da República, uma vez que o Legislativo tem aprovado pautas bomba que ampliam as despesas, ao mesmo tempo em que o Judiciário assusta a sociedade com decisões monocráticas que transformam em negras o que são cores imaculadamente brancas”, expôs o industrial.
Ele prosseguiu:
“O estado brasileiro é um dinossauro faminto e perdulário: há ministérios em demasia, cuja estrutura tem funções gratificadas e cargos comissionados desnecessários. Eu conheço uma empresa cearense que atua em vários ramos da indústria e do agro e que tem 4 mil empregados, mas é tocada apenas pelo seu dono, por dois diretores, um que cuida da produção e outro que trata das finanças, e por uma secretária, além, naturalmente, de meia dúzia de contadores que cuidam da parte mais intricada da vida empresarial: o recolhimento dos impostos.
“Como é possível operar uma empresa do tamanho do governo da União, com mais de 1 milhão de funcionários, quase 40 diretores, outro tanto de subdiretores e mais milhares de assessores, muitos dos quais são ‘aspones’, tendo de lidar com quem faz as leis e com quem decide se essas leis valem ou não? Simplesmente, um organismo assim não consegue operar.”
E o que isto quer dizer? – indagou a coluna. O empresário franziu a testa, pensou um pouco e respondeu:
“Quer dizer que em 2027, independentemente do resultado da eleição de 2026, o brasileiro comum, que apenas ouve falar de crise sem entender o que ela significa, como surgiu e como o castiga, e, também, o bem-informado, intelectualizado e atento aos fatos da política e da economia sentirão juntos os efeitos da crise. Há economistas prevendo que, no exercício de 2027, faltará dinheiro para pagar aposentados e pensionistas do INSS. Se isto realmente vier a acontecer – e os sinais apontam nessa direção – o eleito ou o reeleito ouvirá gritos de ‘fora, fora, fora’ e de ‘fulano nunca mais’. Tudo isso nos primeiros 90 dias do futuro governo.”
Como se vê, é um cenário apocalíptico que está sendo pintado com as tintas mais escuras disponíveis hoje. O industrial analisa, e põe o dedo na ferida:
“O que há à nossa frente é uma claríssima batalha ideológica. De um lado, as forças de esquerda, entre elas as radicais, extremistas, que marcham em busca do socialismo, um regime que não coexiste com a democracia – observem a Venezuela, Cuba, China, Coreia do Norte e Vietnã (a China é exótica, pois permite liberdade vigiada na economia, a presença de empresas privadas e a existência de Bolsa de Valores, porém só deixa existir um só partido político, o PCC, que dita todas as ordens, inclusive as leis). Do outro lado, estão as forças conservadoras nos costumes e liberais na economia, adeptas do livre mercado, que, com seus defeitos e suas virtudes, opera na democracia, permitindo que qualquer um – rico ou pobre – empreenda livremente. Esta é a questão que está em jogo. O problema é que a extrema direita tem vocação autoritária, e aqui reside o perigo”, concluiu o empresário.
Diante do acima exposto, os brasileiros devemos ficar muito atentos a tudo, inclusive ao que se passará de hoje até a véspera do Natal em Brasília. Lá, o presidente da República e seus ministros, os deputados federais e senadores e os ministros do STF poderão adotar mais medidas que agravarão as contas públicas. Devemos, também, prestar atenção às decisões judiciais, pois tudo isso junto poderá castigar ainda mais o contribuinte, que somos todos nós.
UMA BOA PARCERIA EM FAVOR DO MEIO AMBIENTE
Empresa cearense do segmento de mídia exterior, a BigDOOH, que atua no mercado há 24 anos, celebrou parceria com o Instituto Robótica Sustentável, outra empresa cearense, para doar resíduos eletrônicos de suas operações e fortalecer ações de reciclagem, educação tecnológica e impacto socioambiental no Ceará.
A iniciativa conecta comunicação, sustentabilidade e inclusão produtiva ao destinar equipamentos como computadores, placas, monitores, cabos e periféricos para projetos educativos realizados com jovens de escolas públicas, ONGs e comunidades vulneráveis.
O reaproveitamento de peças, o recondicionamento de computadores e a reciclagem adequada diminuem a extração de novos recursos naturais e reduzem emissões de CO2.











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