
Presente em competições, academias e equipes de elite, ela também impulsiona um mercado em expansão, como mostra o New York Times.
Apesar da popularidade, os benefícios fisiológicos da massagem são frequentemente superestimados. A ideia de que ela melhora o fluxo sanguíneo ou elimina o ácido lático após o exercício não é sustentada por evidências científicas sólidas.
Efeitos positivos – mas limitados
Estudos mostram que o ácido lático não é responsável pela dor muscular e que o corpo já é capaz de eliminá-lo naturalmente. Além disso, a maioria dos praticantes de atividade física já possui boa circulação, o que torna questionável a eficácia da massagem nesse aspecto.
Pesquisas, como uma meta-análise de 2020, apontam que os efeitos da massagem sobre desempenho, fadiga e dor muscular são limitados e, em muitos casos, apenas modestos. Ainda assim, há indícios de que ela possa aliviar a tensão muscular ao toque e melhorar ligeiramente a flexibilidade.
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No que a massagem realmente tem impacto
- O maior benefício, segundo especialistas, é de ordem psicológica.
- A massagem promove relaxamento, alivia o estresse e oferece uma pausa mental que pode ser essencial para a recuperação. Estudos mostram que mesmo os efeitos temporários de alívio da dor podem ter valor subjetivo importante.
- Além disso, o simples ato de cuidar do corpo e dedicar um momento ao bem-estar pode ter impacto positivo na mente.
Embora os efeitos fisiológicos da massagem sejam limitados e muitas vezes exagerados, seu valor como ferramenta de recuperação mental e emocional é inegável.
Sentir-se bem, mais relaxado e com menos tensão já pode ser considerado um ganho importante — e é justamente isso que leva muitos atletas a continuarem recorrendo à massagem como parte fundamental de sua recuperação.


Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
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