PF deflagrou a ação nesta terça-feira (8) e cumpre mandados de busca em diversos endereços, entre eles o gabinete do deputado federal

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) é um dos alvos da operação Underhand da Polícia Federal (PF) deflagrada, na manhã dessa terça-feira (8), em cidades do Ceará e do Distrito Federal. A ação investiga uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em processos licitatórios e contratuais.
Os agentes da corporação cumprem 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos seguintes localidades:
- Fortaleza (CE);
- Nova Russas (CE);
- Eusébio (CE);
- Canindé (CE);
- Baixio (CE);
- Brasília (DF).
Segundo a emissora GloboNews, um dos endereços de cumprimento das ordens seria o gabinete de Júnior Mano.
A PF detalha que o núcleo criminoso é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.
Além dos mandados de busca, foi determinado o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. Conforme a corporação, a medida visa interromper a movimentação de valores de origem ilícita e preservar ativos para eventual reparação ao erário.
Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral.
O Diário do Nordeste entrou em contato com a assessoria de imprensa de Júnior Mano solicitando mais detalhes e aguarda retorno.
Veja também
Suposto esquema de desvio de emendas
Em janeiro deste ano, o Diário do Nordeste revelou que Júnior Mano era investigado pela PF devido ao suposto envolvimento num esquema de manipulação eleitoral que teria atuado em 51 municípios do Ceará em 2024. Na ocasião, o deputado federal era apontado como tendo um “papel central” na destinação de emendas parlamentares para uso ilegal dos recursos.
Pelo suposto envolvimento do político cearense, com foro privilegiado, o caso seguiu para o STF, sendo distribuído ao gabinete do ministro Gilmar Mendes. Na época, a defesa do parlamentar disse confiar que a inocência dele seria provada nas investigações.
Adcionar comentário