Criminosos estão explorando uma nova modalidade de golpe chamada de “toque fantasma”, que utiliza a tecnologia de pagamento por aproximação para realizar compras como se fossem feitas com o original cartão da vítima. Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, apesar de o pagamento por aproximação ser considerado seguro, golpistas encontraram uma forma de explorá-lo para cometer fraudes.
Criminosos estão explorando uma nova modalidade de golpe chamada de “toque fantasma”, que utiliza a tecnologia de pagamento por aproximação para realizar compras como se fossem feitas com o original cartão da vítima. Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, apesar de o pagamento por aproximação ser considerado seguro, golpistas encontraram uma forma de explorá-lo para cometer fraudes.
A tecnologia Near Field Communication (NFC), utilizada nesse tipo de transação, permite que o consumidor aproxime um dispositivo — como celular, relógio ou cartão — da maquininha para efetuar o pagamento. Segundo Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, o consumidor tem um tempo — que geralmente é entre um e dois minutos — para realizar a aproximação. Nesse período, é gerado um token único que é lido pelo terminal e usado para aprovação on-line da compra.
No golpe do toque fantasma, o criminoso liga para a vítima se passando pelo banco ou pela operadora do cartão, que solicita a instalação de um aplicativo malicioso sob o pretexto de “validar” o cartão. O app contém instruções para que a vítima aproxime o cartão físico do celular. Nesse momento, o aplicativo intercepta o token gerado pelo cartão e o retransmite, em tempo real, para o celular do golpista, que encosta seu aparelho em uma maquininha para concluir a compra.
Como o token tem um tempo de validade, a fraude geralmente acontece uma única vez por vítima. Ainda segundo a Kaspersky, esse tipo de ataque afeta principalmente usuários do sistema Android, que permite a instalação de aplicativos fora das lojas oficiais.
Golpe também ocorre presencialmente
Nesse caso, um dos golpistas se aproxima com um celular da vítima para capturar o token por aproximação. O código é então transmitido, em tempo real, para um segundo aparelho, que é encostado em uma maquininha para efetuar a compra fraudulenta
Como se proteger
Golpe presencial:
- Tenha uma proteção física: use carteiras ou porta-cartões que bloqueiem a comunicação via NFC, evitando que criminosos leiam os dados do cartão à distância.
- Monitore suas transações: fique atento a qualquer movimentação suspeita em suas contas e faturas de cartão.
Golpe à distância
- Atenção redobrada ao instalar aplicativos: baixe apps apenas de lojas oficiais e verifique a reputação do desenvolvedor.
- Utilize uma solução de segurança confiável: um antivírus robusto pode detectar e bloquear aplicativos maliciosos que tentam explorar a tecnologia NFC.
Adcionar comentário