Minutos antes da morte, circulava nas redes sociais um vídeo gravado por ela em que afirmava estar “de guerra” e deixava um recado enigmático.

A advogada criminalista Kamila Rodrigues, de 32 anos, foi executada a tiros na porta de casa, em Belo Horizonte, na manhã de segunda-feira (22). Minutos antes da morte, circulava nas redes sociais um vídeo gravado por ela em que afirmava estar “de guerra” e deixava um recado enigmático a alguém que não chegou a nomear.
As câmeras de segurança registraram a execução. Nas imagens, Kamila se aproxima de seu carro quando um homem desce de outro veículo estacionado por perto, dispara várias vezes contra ela e foge em seguida. Pelo menos dez cápsulas de munição foram recolhidas no local.
No vídeo publicado antes de morrer, Kamila aparece séria e direta: “Eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa legal — até certo ponto. […] Eu tô de guerra, e com quem eu tô sabe. Como não me atende, não me retorna, então é isso. Eu não tô ameaçando, eu tô avisando”. As palavras agora soam como um prenúncio trágico.
A Polícia Civil abriu investigação, mas ainda não há pistas sobre os autores ou a motivação do crime. Segundo a PM, a advogada dividia um negócio de chope artesanal com o namorado, que esteve no local após o assassinato.
A morte de Kamila provocou reação imediata da OAB-MG, que classificou o caso como uma afronta à advocacia e ao Estado Democrático de Direito. A entidade defendeu medidas urgentes de segurança para os profissionais da área e cobrou do Legislativo leis mais duras, incluindo a tipificação de crimes contra advogados como hediondos.
“Pela memória de Kamila e pela dignidade da profissão, seguiremos firmes”, declarou a OAB em nota.

Kamila Rodrigues foi executada a tiros na porta de casa – Foto: Reprodução











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