Técnicos dos ministérios da Justiça e da Saúde aconselham que população observe sinais como preços baixos e fornecedores novos

A Polícia Federal iniciou, na segunda-feira (29), uma investigação para identificar a origem e a rede de distribuição de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A medida foi solicitada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e anunciada nesta terça-feira (30). O caso já resultou em 17 intoxicações em São Paulo, com cinco mortes confirmadas.
O inquérito vai analisar a participação de facções criminosas e se há registros em outros estados. Técnicos dos ministérios da Justiça e da Saúde reforçaram orientações de prevenção, destacando que o metanol é uma substância altamente tóxica e inflamável.
ALERTA À POPULAÇÃO
Durante coletiva no Palácio da Justiça, o secretário Nacional do Consumidor, Paulo Pereira, alertou a população para sinais que podem indicar irregularidade: preços muito baixos, fornecedores desconhecidos, estabelecimentos recém-abertos e garrafas com aspecto diferente do habitual. Ele ressaltou que não apenas bares estão envolvidos: “Temos denúncias de pessoas que compraram garrafas em empórios, não é apenas quem consome em balcão”.
As investigações apontam que diferentes tipos de destilados, como gin, uísque e vodka, foram adulterados. Alguns locais de venda já foram identificados, mas a quantidade de estabelecimentos segue em sigilo. Até o momento, os casos se concentram em cinco municípios paulistas: Limeira, São Paulo (capital), São Bernardo do Campo, Itapecerica da Serra e Campinas.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, explicou que há indícios de ligação do crime organizado com a prática. Segundo ele, a apuração pode ter conexão com investigações sobre importação de metanol pelo Porto de Paranaguá (PR), que já apareceram em operações recentes.











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