As garrafas estavam organizadas por marca e, segundo os policiais, foram encontradas sendo higienizadas por funcionários no momento da abordagem

Em meio a uma série de investigações sobre bebidas adulteradas, a Polícia Civil de São Paulo descobriu um depósito clandestino com cerca de 20 mil garrafas em Mogi das Cruzes, na região metropolitana da capital. A operação foi realizada na quinta-feira, (2), como parte de uma força-tarefa que intensificou a fiscalização em galpões suspeitos e estabelecimentos comerciais que vendem bebidas sem nota fiscal.
Durante a ação, os agentes localizaram um galpão que funcionava como centro de armazenamento não autorizado de vasilhames de bebidas alcoólicas. As garrafas estavam organizadas por marca e, segundo os policiais, foram encontradas sendo higienizadas por funcionários no momento da abordagem. Esse procedimento levanta suspeitas de que os recipientes seriam reutilizados para envase clandestino e posterior comercialização.
O proprietário do local afirmou em depoimento que as garrafas seriam enviadas para Passa Quatro, em Minas Gerais, onde seriam reabastecidas. A polícia investiga se esse novo envase também ocorre de forma irregular. A estrutura do galpão foi descrita como “gigantesca” pelos agentes envolvidos na operação, o que indica uma possível rede de distribuição de bebidas adulteradas para outros estados.
A descoberta ocorre em um contexto de alerta nacional sobre intoxicações por metanol, substância tóxica que tem sido identificada em bebidas falsificadas. Segundo dados da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), cerca de 36% das bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil são falsificadas, contrabandeadas ou adulteradas.
A Polícia Civil tem realizado, em média, 34 vistorias diárias em bares e depósitos suspeitos. Embora nem todas resultem em apreensões, é comum encontrar bebidas vencidas, recipientes reutilizados ou sem procedência comprovada.











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