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Operação resgata trabalhadores em situação de trabalho análogas à escravidão em Pacatuba

Uma operação realizada em Pacatuba, município da Região Metropolitana de Fortaleza, resultou no resgate de 16 trabalhadores que viviam e atuavam em condições análogas à escravidão. A ação foi conduzida pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), que identificou irregularidades graves em um canteiro de obras da construção civil.

Eles foram recrutados para atuar na obra, mas ao chegarem ao local, se depararam com uma realidade precária e desumana

Uma operação realizada em Pacatuba, município da Região Metropolitana de Fortaleza, resultou no resgate de 16 trabalhadores que viviam e atuavam em condições análogas à escravidão. A ação foi conduzida pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), que identificou irregularidades graves em um canteiro de obras da construção civil.

Os trabalhadores eram oriundos de cidades do Maranhão — Pastos Bons, Buriti Bravo, São João dos Patos e Colinas — e de Batalha, no Piauí. Eles foram recrutados para atuar na obra, mas ao chegarem ao local, se depararam com uma realidade precária e desumana.

Durante a inspeção, os agentes constataram que os trabalhadores dormiam em alojamentos improvisados e insalubres, sem acesso adequado a água potável ou alimentação. As condições de higiene eram inexistentes, e não havia estrutura mínima para garantir segurança ou dignidade. Além disso, os trabalhadores não tinham contratos formais e estavam submetidos a jornadas exaustivas, sem qualquer tipo de proteção trabalhista.

A legislação brasileira considera como trabalho análogo à escravidão situações que envolvem cerceamento de liberdade, condições degradantes, jornada exaustiva ou servidão por dívida. O caso de Pacatuba se enquadra em múltiplos desses critérios, o que levou à imediata intervenção das autoridades competentes.

Após o resgate, os trabalhadores foram encaminhados para atendimento social e jurídico. A empresa responsável pela obra poderá responder por diversos crimes, incluindo redução de pessoas à condição análoga à de escravo, além de infrações trabalhistas. O Ministério Público do Trabalho acompanha o caso e deve instaurar procedimentos para responsabilização dos envolvidos.

Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas mais eficazes e ações coordenadas entre órgãos de controle para prevenir novas ocorrências.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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