Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) em operação da Polícia Federal. O esquema pode ter desviado R$ 6,3 bilhões, segundo a PF.

O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, recebia até R$ 250 mil por mês em propinas pagas pela organização criminosa que fraudava descontos em folha de aposentados e pensionistas, de acordo com a Polícia Federal. O pagamento acontecia por meio da entidade Conafer — uma das que operacionalizavam os descontos indevidos por meio de convênios com os aposentados.
INVESTIGAÇÃO
Mensagens interceptadas pela PF, planilhas apreendidas com operadores financeiros e ordens de liberação de repasses sem comprovação de filiação reforçam a suspeita de pagamentos sistemáticos ao ex-presidente do órgão.

Alessandro Stefanutto | FOTO: Saulo Cruz/Agência Senado
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
A PF estima que mais de R$ 640 milhões foram desviados entre 2017 e 2023 só via Conafer. O esquema envolvia falsificação de fichas de filiação, inserção de dados fraudulentos em sistemas do INSS e distribuição de recursos por meio de empresas de fachada e intermediários financeiros.
Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13) em operação da Polícia Federal. O esquema pode ter desviado R$ 6,3 bilhões, segundo a PF. Além dele, foram presos:
- Antônio Carlos Antunes Camilo, o “Careca do INSS”, figura central no esquema de desvios, que já havia sido preso anteriormente;
- André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS;
- Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS;
- Thaisa Hoffmann, empresária e esposa de Virgílio;
- Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);
- Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;
- Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário também ligado à Conafer;
- Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer.











Adcionar comentário