Notícias

Pai denuncia que filho autista foi impedido de brincar em parquinho de restaurante em Fortaleza

O pai Marcus Sucupira denunciou o restaurante Picanha do Jonas, localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, por discriminação contra o filho autista, que foi impedido de ficar no parquinho com outras crianças, nessa quinta-feira (20). Conforme o relato nas redes sociais, o gerente teria comunicado que a família precisava se retirar do local caso a criança não tivesse quem a acompanhar dentro do playground. O fato foi negado pela gerência do estabelecimento. 

A família teria sido convidada se retirar do estabelecimento, segundo o relato do pai, mas o estabelecimento nega o fato.

Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br
21 de Novembro de 2025 – 14:48

(Atualizado às 07:25, em 22 de Novembro de 2025)
Estrutura de playground infantil em ambiente interno, composta por um escorregador tubular em formato espiral nas cores azul e vermelho, conectado a uma área cercada com rede colorida. Há uma piscina de bolinhas na parte inferior, com bordas amarelas decoradas com estrelas vermelhas. A estrutura inclui plataformas para escalada e painéis azuis com aberturas circulares. O piso é de madeira e o teto possui vigas metálicas.
Legenda: Criança foi retirada de parquinho do restaurante.
Foto: Divulgação/Picanha do Jonas.

O pai Marcus Sucupira denunciou o restaurante Picanha do Jonas, localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, por discriminação contra o filho autista, que foi impedido de ficar no parquinho com outras crianças, nessa quinta-feira (20). Conforme o relato nas redes sociais, o gerente teria comunicado que a família precisava se retirar do local caso a criança não tivesse quem a acompanhar dentro do playground. O fato foi negado pela gerência do estabelecimento.

Marcus disse ao Diário do Nordeste nesta sexta-feira (21) que fará um Boletim de Ocorrência (B.O) contra o estabelecimento.

“Nós já frequentamos o local dezenas de vezes, sempre sentamos na mesma mesa e arrisco até dizer que já conhecem a gente. Mas hoje, o Miguel, que sempre brincou tranquilamente no parquinho do local, estava incomodando as profissionais que trabalham lá… Estranho como eram as mesmas de sempre e nunca haviam falado nada antes”, escreveu o pai em publicação no Instagram.

Antonio Freires, gerente da unidade Aldeota do restaurante, negou ter expulsado a criança do parquinho, e disse à reportagem que o pai se recusou a entrar no clubinho com o filho e disse que preferia se retirar. Crianças com autismo devem estar obrigatoriamente acompanhadas pelos pais ou responsáveis no local, conforme regras do estabelecimento.

“Eu disse ao senhor: ‘não é isso que a gente quer! A gente não quer que a sua criança interrompa a brincadeira. A gente precisa apenas que o senhor acompanhe, que esteja lá presente, cuidando dela'”, relata o funcionário. Após a abordagem do gerente, o cliente pediu a conta e foi embora com o filho.

A gerência conta ainda que, no mesmo dia, familiares do pai voltaram ao local e o acusaram de expulsar o garoto.

Marcus, que fez a denúncia, disse que é ciente das sinalizações, e compartilhou que estava sentado em uma mesa a poucos metros do playground, observando o filho, como já havia ocorrido em diversas outras vezes nas quais ele frequentou o local. “Estava a dois metros dele. Quem tem filho assim não tira o olho”, disse.

Veja o relato do pai:

 

 

Estabelecimento emite nota e nega discriminação 

Nesta sexta, em nota de esclarecimento, o Picanha do Jonas se pronunciou sobre informações “relacionadas a uma publicação feita por um cliente envolvendo a credibilidade de nossa área infantil”.

No texto, é destacado que no restaurante há sinalizações que apontam “a necessidade da permanência de um responsável no local durante todo o uso do playground, como medida de cuidado, segurança e acompanhamento adequado”.

 

Veja também

 

Leia nota de esclarecimento do restaurante: 

“O Picanha do Jonas vem a público esclarecer informações relacionadas a uma publicação feita por um cliente envolvendo a credibilidade de nossa área infantil. Antes de tudo, reafirmamos nosso compromisso com o respeito, a inclusão e o acolhimento de todas as famílias que nos visitam. Temos profundo zelo por cada cliente e repudiamos veementemente qualquer forma de discriminação.

Sobre o caso mencionado, esclarecemos que:

  • O playground do Picanha do Jonas possui sinalização clara e visível, orientando sobre as regras de convivência e uso do espaço, sempre com foco na segurança e no bem-estar das crianças.
  • Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm acesso cortesia ao playground, como forma de incentivo à inclusão, prática adotada pela casa e amplamente comunicada aos nossos clientes. As sinalizações destacam, de forma explícita, a necessidade da permanência de um responsável no local durante todo o uso do playground, como medida de cuidado, segurança e acompanhamento adequado.

Reforçamos que seguimos rigorosamente nossos processos internos, somos avaliados pelos principais órgãos de qualidade e investimos continuamente em treinamento de nossa equipe. Mantemos também uma postura permanente de diálogo aberto, respeito e atenção às necessidades de todas as famílias. Agradecemos a confiança dos clientes que, há 25 anos, fazem parte da nossa história e do nosso dia a dia”. 

Avatar

Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

Adcionar comentário

Clique aqui para postar um comentário