China anunciou tarifas recíprocas de 34% e abalou ainda mais os mercados

Mais um dia de perdas no mercado financeiro após o chamado Dia da Libertação, quando o presidente americano Donald Trump anunciou tarifas para mais de 100 países. Os índices pelo mundo fecharam novamente em queda após 48h da aplicação das taxas. Essas são as maiores perdas nos mercados desde a pandemia de Covid-19.
Em Nova York, o índice S&P 500 derreteu 5,97%, e o Dow Jones, 5,50%. A Nasdaq sofreu um tombo de 5,82%.
Levando em conta as quedas nos dois últimos dias, o S&P perdeu US$ 5 trilhões em valor de mercado, e o Dow Jones, US$ 973 bilhões, enquanto a Nasdaq amargou uma perda de US$ 1,44 trilhão. Analistas dizem que as negociações entraram em território especulativo.
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China reage ao tarifaço de Trump
Após os Estados Unidos aplicarem tarifas contra a China, o presidente chinês Xi Jinping retribuiu com 34% de tarifas em produtos americanos. A reação do mercado financeiro foi imediata. A maior queda foi registrada em Tóquio, com 2,75% de retração. Na Europa, Frankfurt e Londres caíram 4,95%, e Paris recuou 4,26%.
Gigantes da tecnologia são afetadas
A Alphabet (dona do Google), Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e a Tesla, fabricante de veículos elétricos do bilionário Elon Musk, perderam, juntas, US$ 1 trilhão em valor de mercado na quinta-feira, dia seguinte ao anúncio das tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente norte-americano.

Nesta sexta, as perdas foram de US$ 802 bilhões, totalizando US$ 1,8 trilhão em dois dias, com a Apple sendo a mais impactada, vendo seu valor de mercado reduzir em US$ 500 milhões nos últimos dois dias. Apesar disso, a empresa segue como a mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 2,8 trilhões.
Dólar volta a subir
Depois de fechar na menor cotação de deste ano na véspera, a moeda americana fechou em alta de 3,72%, aos R$ 5,8382, sendo a maior elevação percentual em um único dia desde 10 de novembro de 2022, quando subiu 4,1%.
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