O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a coleta de dados em novembro do ano passado

Agentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já visitaram mais de 1.500 dos 4.735 lares cearenses previamente selecionados para integrar a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Iniciado em novembro de 2024, o estudo, com previsão de término para o mesmo mês deste ano, contabiliza, neste primeiro trimestre, um índice de execução de 32%.
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Ao todo, 94 municípios do Ceará serão contemplados até o fim do ano. Até o momento, 38 cidades iniciaram o processo de coleta de dados domiciliares (ver infográfico abaixo). Nesse contexto, ressalta-se a importância da colaboração da população com a pesquisa, cujo objetivo é exclusivamente estatístico.
Os entrevistadores acompanham os hábitos de consumo da população durante nove dias, mudando de grupos familiares semanalmente. Essa metodologia permite identificar tanto os gastos regulares quanto as despesas atípicas, como aquelas verificadas no início do ano e em datas comemorativas como o Natal e a Páscoa.
Por que o estudo é importante
A POF identifica a cesta de consumo da população, mas também cria uma base para ser utilizada no cálculo de indicadores fundamentais para economia, como a inflação oficial do País e o Produto Interno Bruto (PIB).
O superintendente do IBGE no Ceará, Francisco Lopes, esclarece que a conclusão do estudo possibilitará a atualização dos índices nacionais de preços ao consumidor, o INPC e o IPCA, que são responsáveis pela mensuração da inflação para famílias com rendimentos de até oito salários mínimos e até quarenta salários mínimos, respectivamente.
“Esses indicadores vão receber dados da POF para atualizar, por exemplo, qual o peso da alimentação e de cada produto, como arroz, feijão, além de consultas médicas, vestuário e outros”, listou, durante coletiva de imprensa, nessa sexta-feira (4), em Fortaleza.
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“A partir daí, vamos identificar também se houve melhoria na qualidade de vida da população, comparando com os dados de 2008, 2019 e agora de 2025. Então, é uma pesquisa importantíssima, também utilizada no PIB”, complementa.
A pesquisa também irá mapear mudanças estruturais essenciais para a compreensão da dinâmica econômica e social contemporânea. Um exemplo é o crescente gasto com animais domésticos, tendência identificada nas últimas edições da pesquisa e, por isso, será objeto de análise mais aprofundada na presente edição.
O coordenador da pesquisa no Ceará, Luciano Vieira, acrescenta que o estudo se propõe a captar, ainda, os impactos dos avanços tecnológicos. “As relações de trabalho vêm mudando de forma muito rápida em função das tecnologias, das redes sociais, e isso impacta o modo de vida”, observa. Por isso, também serão avaliados aspectos como home office, novos hábitos laborais e os impactos pós-pandemia.
População deve contribuir; veja cuidados

Além de indicadores como PIB e inflação, a pesquisa irá fomentar o desenvolvimento de estudos aprofundados sobre a melhoria da qualidade de vida da população. Por isso, a colaboração dos cidadãos é fundamental para a obtenção de dados precisos e representativos.
Os cidadãos podem verificar a identificação dos entrevistadores do IBGE por meio do fardamento: eles realizam a visita devidamente uniformizados com colete e crachá da instituição, incluindo também o uso de boné.
Caso desejem confirmar a identidade do entrevistador, os cidadãos podem solicitar o seu número de identificação funcional (Siape) e realizar a consulta por meio do número telefônico gratuito 0800-721-8181 ou através do sítio eletrônico oficial do IBGE (respondendo.ibge.gov.br).
Na plataforma online, basta inserir os dados do entrevistador, como nome completo ou o número Siape, para verificar a autenticidade de sua designação.
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