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Deputado leva saco de pão para tribuna da Alece e inicia discussão sobre taxação de alimentos

O deputado destacou que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado naquele conjunto de pães foi de 20%. “A cada dez pães que o cidadão cearense compra, dois vão para o Governo do Estado, representando os tributos cobrados pelo imposto estadual. Isso é justo?”, questionou Carmelo.

Carmelo Neto aproveitou para pedir apoio à proposta dele que sugere ao Estado isentar em 100% o ICMS cobrado em todos os produtos da cesta básica

Em discurso na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta terça-feira (15), o deputado estadual Carmelo Neto levou uma sacola com pão francês, o famoso “pão carioquinha”, para falar sobre a cobrança de imposto, no caso, o ICMS, sobre o produto. Segundo ele, isso seria o “símbolo da injustiça que o povo cearense vive” e uma “crueldade”.

O deputado destacou que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado naquele conjunto de pães foi de 20%. “A cada dez pães que o cidadão cearense compra, dois vão para o Governo do Estado, representando os tributos cobrados pelo imposto estadual. Isso é justo?”, questionou Carmelo.

O parlamentar do PL pediu apoio ao projeto de indicação apresentado por ele que sugere que o Estado aplique a isenção em 100% no ICMS sobre todos os produtos da cesta básica. Projetos de indicação são sugestões feitas por parlamentares ao governo e, mesmo que sejam aprovados no Legislativo, o Executivo não é obrigado a concretizar a medida.

A manifestação de Carmelo causou reações entre os deputados da base. O líder do governo, deputado Guilherme Sampaio (PT), lembrou que deputados não podem fazer propostas sobre matéria tributária e disse que, mesmo como projeto de indicação, a sugestão de Carmelo não receberia parecer favorável da Procuradoria Geral da Alece, o que barraria sua tramitação.

Sampaio também ressaltou que, dos 51 itens da cesta básica, 37 são isentos no Ceará e outros 14 têm 65% de desconto na alíquota do ICMS. Ele ainda falou que, no caso do pão, o imposto é recolhido no início da cadeia de produção através do regime de compensação tributária.

O petista também defendeu a cobrança para possibilitar a execução das políticas públicas. “É essa alíquota que paga a escola pública, que paga o Hospital Universitário, o salário do profissional de segurança pública. Essa é a regra para uma sociedade democrática que elege um sistema tributário para financiar as políticas públicas”.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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