Autoridade revelou imagem do investigado e disse realizar buscas para localizá-lo

A Polícia Civil anunciou, nesta quarta-feira (23), que identificou o suspeito de matar a estudante da Universidade de São Paulo (USP) Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, na semana passada, na cidade de São Paulo. O corpo da jovem foi encontrado na Zona Leste, nos fundos de um estacionamento, com sinais de violência sexual.
Ao Diário do Nordeste, a Pasta, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), divulgou a imagem do autor do crime, sem detalhar o nome dele, e informou que representou pela sua prisão e realiza busca para localizá-lo.
“A equipe aguarda o resultado dos exames periciais do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML), que serão analisados para auxiliar na elucidação do caso. As diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos”, acrescentou.
Câmeras de segurança mostraram Bruna
A estudante de mestrado foi encontrada sem vida, na última quinta-feira (17), nos fundos de um estacionamento próximo ao terminal de ônibus da estação de Itaquera.
Em imagens de câmeras de segurança, divulgadas no domingo (20), é possível observar os últimos momentos de vida de Bruna Oliveira da Silva. Nas gravações, a jovem aparece indo em direção a sua casa, localizada a 20 minutos a pé da estação.
Na sequência, é vista em mais um trecho do trajeto, mas, logo em seguida, desaparece. Este é o momento no qual a Polícia acredita que a vítima foi capturada pelo suspeito.

Sumiço
O desaparecimento de Bruna foi registrado na manhã de 14 de abril, pois, segundo a família, ela passou o final de semana na casa do namorado no bairro do Butantã, na Zona Oeste da Capital paulista.
A estudante desceu, no dia 13, na estação Corinthians-Itaquera, ligou para a mãe, Simone da Silva, que lhe enviou uma transferência via Pix para pagar um carro de aplicativo, ao informar que havia perdido o ônibus e que estava com pouca bateria no celular. O último acesso foi registrado às 22h20.
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Marcas de violência sexual
O corpo de Bruna foi encontrado na tarde da última quinta-feira, na avenida Miguel Ignácio Curi, com a identificação sendo confirmada por familiares em razão das tatuagens da jovem, que chegou ao Instituto Médico Legal (IML), na sexta (18).
“As investigações estão em andamento visando o total esclarecimento dos fatos”, informou a Secretaria da Segurança Pública em nota. Bruna foi achada com marcas de agressão sexual e estava somente com roupas íntimas.
Estudante deixa filho
Cursando mestrado em Mudança Social e Participação Política na Universidade de São Paulo (USP), Bruna era mãe de um menino de 7 anos. Segundo a família, ela era feminista e lutava contra a violência de gênero.
“Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como mais temia e como eu mais temia. Aí pergunto: ‘Por que não fui eu?’. A dor seria bem menor”, desabafou Simone, mãe de Bruna.
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