Humildade e simplicidade foram valores que marcaram a jornada e as finanças do pontífice

Um caixão único de madeira com zinco e um funeral mais modesto que o dos antecessores. A humildade e a simplicidade foram valores que marcaram a jornada e as finanças do papa Francisco, falecido na última segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. Enquanto vivo, o líder da Igreja Católica não recebia um salário convencional.
Integrante da Companhia de Jesus (Ordem dos Jesuítas), o primeiro pontífice latino-americano fez voto de pobreza ao ingressar no grupo religioso. Então, ao longo dos 88 anos manteve um estilo de vida simples e não acumulou bens.
Como papa, Jorge Mario Bergoglio não recebia remuneração, mas tinha todas as necessidades e despesas custeadas pelo Vaticano. No documentário “Amém: Perguntando ao Papa” (2023), Francisco contou que não se preocupava com as finanças.
“Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou outra coisa, peço. Não tenho um salário, mas isso não me preocupa porque sei que serei alimentado de graça”, disse.
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Conforme informações do portal Uol, além de ter as despesas custeadas pela Igreja Católica, o papa tinha acesso a um fundo de caridade que podia usar para auxiliar os necessitados, conforme a própria discrição. Esse capital também é utilizado para financiar diversas ações sociais e iniciativas humanitárias promovidas pela instituição.
Os recursos financeiros da Santa Sé são geridos pelo Instituto de Obras da Religião (IOS), conhecido como “Banco do Vaticano”. As finanças da instituição são sustentadas por diversas fontes, desde doações de fiéis a rendimentos de propriedades.
Durante os 12 anos de pontificado, Francisco incentivou a transparência nas finanças da Igreja Católica. No período, foi criada a Secretaria para a Economia, órgão destinado ao combate da corrupção e da lavagem de dinheiro.
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