A frase da bandeira faz parte de um antigo hino da atlética da faculdade, que foi banido em 2017 por referências de cunho sexual e machista

A Faculdade Santa Marcelina, de São Paulo, expulsou, na noite desta segunda-feira (28), 12 estudantes do curso de Medicina após um episódio de alusão a estupro. Além deles, outros 11 também foram punidos, mas com medidas disciplinares.
“A Faculdade Santa Marcelina reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes”, expressa trecho da nota da instituição publicada no Instagram.
O desligamento dos estudantes envolvidos no caso foi feito após uma sindicância iniciada no último mês de março.
O caso aconteceu no dia 15 de março deste ano, quando o grupo foi fotografado ao lado de uma bandeira que tinha inscrições com linguagem chula e conotação violenta, durante um evento esportivo universitário.
A frase da bandeira faz parte de um antigo hino da atlética da faculdade, que foi banido em 2017 por referências de cunho sexual e machista.
A faculdade destacou ainda que o evento esportivo citado, trouxe à comunidade acadêmica um sentimento de tristeza, decepção e frustração quanto ao seu papel de formadora.
Além da expulsão, a Associação Atlética Acadêmica será mantida interditada por tempo indeterminado, afirmou a instituição.
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DENÚNCIAS
A primeira denúncia sobre o ocorrido foi feita dois dias após o ato, pelo Coletivo Francisca, formado por mulheres da instituição acadêmica.
“Não vamos tolerar qualquer ato ou fala que tente instaurar o medo e a opressão nos corredores do Santa Marcelina”, afirmam as integrantes, em uma postagem no Instagram.
À época, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou, ao Diário do Nordeste, que a 8ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) instaurou um inquérito policial “para apurar todas as circunstâncias dos fatos”.
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