O dono da Quadri Contabilidade foi preso em uma operação para desarticular organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas

O empresário Rodrigo Morgado, de Santos (SP), foi preso em flagrante pela Polícia Federal, na manhã dessa terça-feira (29), durante a Operação Narco Vela.
Segundo informações da CNN Brasil, a prisão ocorreu após agentes encontrarem uma arma de fogo no veículo de Rodrigo, dono da Quadri Contabilidade, que agora responderá também por posse ilegal de arma.
A operação foi deflagrada para desarticular organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, principalmente para os continentes europeu e africano. Rodrigo, que também atuava como influenciador digital ao promover um curso online, passa a ser investigado por envolvimento com o grupo criminoso.
OPERAÇÃO INTERNACIONAL CONTRA O TRÁFICO
De acordo com a CNN Brasil, a Polícia Federal informou que o grupo criminoso utilizava embarcações de grande porte, como barcos e veleiros equipados com tecnologia satelital, para realizar o transporte de drogas intercontinental.
A Operação Narco Vela mobilizou mais de 300 agentes da PF e 50 policiais militares de São Paulo, que cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, 31 mandados de prisão temporária e 62 de busca e apreensão no estado e no Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina.
Além do Brasil, três mandados de prisão preventiva foram executados em cooperação internacional nos Estados Unidos, Itália e Paraguai. Até a última atualização, 23 pessoas haviam sido presas.
EMPRESA SORTEOU CARRO E DEMITIU FUNCIONÁRIA GANHADORA DO PRÊMIO
O nome de Rodrigo Morgado se tornou conhecido no noticiário nacional desde que a empresa dele, localizada em Santos, litoral de São Paulo, esteve no centro de uma polêmica envolvendo o sorteio de um carro para uma funcionária.
A auxiliar contábil Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, foi a vencedora do sorteio de um carro avaliado em mais de R$ 100 mil. Meses depois, ela foi demitida da empresa acusada de “comportamento inadequado” e perdeu o direito ao veículo.
Segundo Larissa disse ao portal g1, o carro foi entregue com uma série de defeitos mecânicos, o que gerou gastos de cerca de R$ 10 mil em manutenção, documentação e licenciamento. Ela afirma que precisou usar as próprias economias para arcar com os custos, e atualmente, desempregada, tenta se reerguer financeiramente.
Já Rodrigo alegou que a transferência do carro só ocorreria após o cumprimento de uma série de metas profissionais por parte da funcionária, que, segundo ele, não foram alcançadas. Além disso, afirmou que Larissa teria repassado o carro a uma terceira pessoa sem autorização, o que teria causado conflitos internos na empresa.
EXIGÊNCIAS PARA O RECEBIMENTO DO PRÊMIO
O regulamento do sorteio previa que o automóvel, ano 2017, só seria transferido oficialmente em dezembro de 2025, após a conclusão de tarefas como captação de clientes, organização de arquivos, treinamentos internos e campanhas institucionais. As exigências, porém, só teriam sido detalhadas após o sorteio, o que gerou críticas à clareza e à transparência da ação.
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