A mãe deles, Mirian Lira, foi internada. Uma mulher foi presa suspeita de enviar o doce para a família.

A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira (30) que o ovo de Páscoa consumido por uma mãe e dois filhos em Imperatriz (MA) continha chumbinho, um veneno clandestino usado contra ratos. As crianças, Evelyn Fernanda, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, morreram com cinco dias de intervalo. A mãe, Mirian Lira, também passou mal e foi internada. Jordélia Pereira, suspeita de ter enviado o chocolate, permanece presa.
A confirmação da presença de veneno no ovo de Páscoa veio por meio de um laudo do Instituto de Criminalística, apresentado em coletiva de imprensa. Segundo a polícia, o chumbinho foi encontrado no chocolate, nos corpos das vítimas e em materiais apreendidos com Jordélia no momento de sua prisão.
INQUÉRITO
Com base no laudo pericial, a polícia concluiu o inquérito e deve indiciar Jordélia por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento. Segundo as investigações, o crime foi motivado por ciúmes, já que Mirian Lira estava em um relacionamento com o ex-marido da suspeita há três meses. A Polícia Civil acredita que Jordélia agiu por vingança. No momento da prisão, Jordélia confessou que enviou o chocolate à família, mas negou o envenenamento.
Evelyn foi sepultada em 23 de abril no cemitério Bom Jesus, em Imperatriz (MA), após morrer por choque vascular e falência múltipla de órgãos causados por intoxicação. A despedida foi comovente, reunindo familiares e amigos. Seu irmão, Luís Fernando, de sete anos, faleceu cinco dias antes, poucas horas após consumir o ovo de Páscoa envenenado.
Quem é a suspeita presa
Jordélia, mãe de dois filhos com o ex-marido, se apresenta como esteticista e mantinha um estúdio de estética em casa. Frequentava uma igreja evangélica durante o casamento, mas, segundo fiéis, o casal tinha um relacionamento conturbado, com brigas até na porta da igreja.
Ela foi presa em flagrante no dia 17 de abril e teve a prisão preventiva decretada no dia seguinte. Inicialmente detida em Santa Inês (MA), foi transferida para a Unidade Prisional Feminina de São Luís (UPFEM), onde seguirá à disposição da Justiça, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).
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