Esquema desviava dinheiro de aposentadorias e pensões e gerou rombo milionário

Uma investigação da Polícia Federal (PF) vem revelando um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Um agente da PF envolvido no caso chegou a ser flagrado com US$ 200 mil em dinheiro vivo durante o cumprimento de mandados da operação investigadora.
Philipe Roters Coutinho é apontado como o servidor da corporação envolvido no esquema de fraudes do Instituto. Ele foi afastado do cargo, e seu celular e computador foram apreendidos durante as investigações. As informações são do g1.
Os investigadores suspeitam que Philipe esteja envolvido com agentes públicos beneficiados pelo dinheiro descontado indevidamente de aposentados e pensionistas.
O relatório indica que associações cadastravam pessoas sem autorização, usando assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. O prejuízo total pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
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Esquema atípico
Lotado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), o agente Roters teria conduzido de forma ilegal o então procurador do INSS, Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira e o empresário Danilo Bernt Trento, por área restrita do equipamento.
Câmeras de vigilância mostram o momento em que os investigados embarcam em viatura da Polícia Federal, que é de uso exclusivo em serviço por policiais federais.
Segundo o relatório da investigação, Philipe Roters tem “movimentações em viagens com perfil de compra atípico, consubstanciadas em deslocamentos com compra de passagens ’em cima da hora’ e voos ‘bate/volta’, principalmente para Brasília”.
O procurador do INSS, Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira, está entre os cinco servidores do INSS afastados do cargo na última semana. O presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, também foi retirado da função e, depois, demitido.
Como funcionava a fraude no INSS?
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma operação, na última semana, que revelou o esquema de fraudes e desvio de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS.
Na prática, associações prestadoras de serviços cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e começavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em diversos casos, os idosos não sabiam que estavam sendo “associados”.
O presidente Alessandro Stefanutto foi demitido após a operação, que provocou o afastamento de servidores e a prisão de seis suspeitos ligados às entidades investigadas.
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