Em janeiro deste ano, o homem havia sido preso com mais de 750 pastas contendo conteúdo pornográfico infantil

Um homem de 36 anos, investigado por estupro de vulnerável, direção, produção e armazenamento de pornografia infantil, foi preso preventivamente na última quinta-feira (29), em Taquara, no Rio Grande do Sul. Ele é considerado “o maior predador sexual” do estado, segundo a Polícia Civil.
Até o momento, já foram identificadas 127 vítimas do indivíduo. Todas serão chamadas pela PCRS para prestar depoimento, visando o andamento dos inquéritos policiais e a devida responsabilização do abusador.
Em janeiro deste ano, o individuo havia sido preso em flagrante por armazenar um vasto material de pornografia infantil. Foi encontrado, na época, mais de 750 pastas contendo conteúdo pornográfico infantil, sendo o material catalogado pelo próprio homem.
Já a prisão desta quinta-feira foi motivada por uma condenação da 1ª Vara de Garantias de Porto Alegre por estupro de vulnerável contra uma adolescente de 13 anos, que era colega do acusado em aulas de Muay Thai.
Conforme as investigações, durante anos o abusador exigiu desta mesma vítima conteúdo pornográfico infantil, que enviava o material sob ameaça. No começo deste mês, um outro mandado de prisão por estupro de vulnerável foi cumprido contra o indivíduo.
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MODUS OPERANDI
A PCRS informou que o criminoso atuava através de perfis falsos nas redes sociais, geralmente perfis de meninas, que se aproximavam de outras meninas. “Através de uma engenharia social, o criminoso criava uma amizade digital e induzia as vítimas a enviarem, inicialmente, uma foto nua”.
Em posse da foto, o homem pedia mais imagens. Caso recebesse negativas, ameaçava as vítimas que acabavam enviando mais material.
As investigações apontam ainda que o criminoso chegava a orientar posições do corpo e da câmera de como as meninas deveriam se fotografar ou se filmar.
A polícia acredita que a maioria das vítimas seja da região de Taquara, por isso, solicita que familiares que tenham tido meninas que enviaram fotos nuas nos últimos 15 anos, que entrarem em contato com o Setor de Investigação da Delegacia de Polícia de Taquara.
A identidade das vítimas é preservada e o processo corre em sigilo, salientou a PCRS.
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