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Brasil pode obter status livre de gripe aviária em 28 dias, afirma Agricultura

O Brasil poderá voltar a exportar carne de frango em 28 dias, caso nenhuma nova infecção por gripe aviária seja registrada neste período, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta segunda-feira (19). Conforme o titular do ministério, o Brasil pode retomar o status de país livre de gripe aviária.

O País pode retomar o status de país livre de gripe aviária no próximo mês

Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br
19 de Maio de 2025 – 15:28

foto de vários frangos em granja
Legenda: Segundo o Ministério da Agricultura, a volta das exportações de carne de frango deve ocorrer de forma gradativa para todo o mundo
Foto: Shutterstock

O Brasil poderá voltar a exportar carne de frango em 28 dias, caso nenhuma nova infecção por gripe aviária seja registrada neste período, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta segunda-feira (19). Conforme o titular do ministério, o Brasil pode retomar o status de país livre de gripe aviária.

“O importante é a gente fazer todo o bloqueio e o rastreamento de tudo o que saiu dessa granja. Fazendo a inutilização de toda essa produção, a gente diminui muito o risco de novos casos. Diminui muito mesmo. Feito isso, cumpre-se o prazo de 28 dias, que é o ciclo desse vírus”, destacou Fávaro.

 

 “Se, em 28 dias, não tiver nenhum outro caso, a gente pode, com tranquilidade, baseado em ciência, dizer ao mercado e aos compradores, a gente volta então a colocar o status de como livre de gripe aviária. O Brasil, de novo, livre de gripe aviária”, completou.

 

Carlos Fávaro ressalto que a volta das exportações de carne de frango deve ocorrer de forma gradativa para todo o mundo.

“Não significa que, imediatamente, todos os mercados se abrirão. Muitos vão fazer questionamento, tirar dúvidas. E é normal isso”, ponderou.

“Certamente, aqueles que restringiram o Brasil todo, vão reduzir provavelmente só ao Rio Grande do Sul ou a Montenegro e aí, gradativamente, voltando à normalidade”, concluiu.

 

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Gripe aviária no Brasil

Na última sexta-feira, o Ministério da Agricultura confirmou um caso de gripe aviária em uma granja em Montenegro, cidade a cerca de 60 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS). A reação quase que imediata dos mercados internacionais trouxe prejuízo ao agronegócio brasileiro.

Os 35 animais que estavam presentes na granja infectada foram abatidos para evitar a disseminação do vírus.

Com a detecção do foco, foram imediatamente acionadas as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência, que incluem contenção, erradicação do vírus e garantia da segurança sanitária e alimentar, afirmou a pasta, em nota. As ações visam preservar a capacidade produtiva do setor avícola, um dos pilares da agroindústria brasileira.

Como se pega gripe aviária?

Humanos podem contrair influenza aviária quando entram em contato com ambientes contaminados ou aves ou animais infectados.

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, dentro do que foi observado no mundo, o vírus da influenza aviária (H5N1) não infecta humanos com facilidade e, quando ocorre, geralmente a transmissão entre humanos não é sustentada.

Qual o risco da gripe aviária para humanos?

Segundo o Ministério da Agricultura, o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, majoritariamente, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

Tem vacina para gripe aviária?

Não há vacina contra o vírus que causa a gripe aviária, tanto em humanos quanto em animais. No entanto, pesquisadores da Universidade de Hong Kong relataram, em um estudo publicado na Nature Communications mês passado, que obtiveram resultados promissores com imunizante intranasal de H5N1 do clado 2.3.4.4b para o gado em modelos de camundongo fêmea e de hamster macho.

Os pesquisadores utilizaram um sistema de vacina de vetor viral de gripe atenuado vivo com o gene NS1 deletado (DelNS1 LAIV), usado anteriormente por eles no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

Os resultados demonstraram que uma única imunização intranasal forneceu imunidade forte e sustentada após dois meses. A análise de imunogenicidade revelou que a vacinação intranasal induziu respostas robustas de anticorpos neutralizantes, IgA de mucosa e células T em camundongos.

Conforme o estudo, o sistema DelNS1-H5N1 LAIV pode representar uma possível vacina para potenciais surtos futuros de H5N1 em humanos.

No Brasil, atualmente, o Instituto Butantan atua no desenvolvimento de uma vacina H5Nx do clado 2.3.4.4b voltada para humanos visando se preparar para um potencial surto pandêmico envolvendo estes vírus.

Segundo a instituição, os estudos clínicos sobre o imunizante devem ser aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda este ano.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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