A suspensão segue os protocolos sanitários definidos nos acordos firmados com cada país.

As exportações de carne de frango e produtos derivados do Brasil estão temporariamente suspensas para nove mercados após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Com informações da Folha de São Paulo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os países que interromperam a compra ou para os quais o Brasil parou de emitir certificados sanitários são: China, União Europeia, Canadá, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul.
PROTOCOLOS SANITÁRIOS
A suspensão segue os protocolos sanitários definidos nos acordos firmados com cada país. No caso de China, União Europeia, Canadá e África do Sul, foi o próprio governo brasileiro que interrompeu as certificações para todo o território nacional. Já Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul decidiram barrar, por conta própria, as importações de carne de ave do Brasil.
Japão adota restrição regional
Além dos nove destinos, o Japão também adotou restrições, mas de forma regional. As exportações de carne de frango e derivados especificamente do município de Montenegro (RS), onde o foco foi detectado, foram suspensas. A medida está de acordo com o certificado sanitário firmado entre os dois países, que prevê embargo apenas da área afetada.
Posição de outros países
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Filipinas ainda não se posicionaram oficialmente. Segundo o Ministério da Agricultura, esses países possuem acordos de regionalização. Com os Emirados e a Filipinas, as restrições valem apenas para a área onde a doença foi identificada. Já com a Arábia Saudita, o acordo prevê o bloqueio das exportações de todo o estado em que o caso foi registrado – neste caso, o Rio Grande do Sul.
Impacto e expectativas
O bloqueio total e temporário das exportações por parte do Brasil já era uma possibilidade prevista em caso de detecção da doença em plantel comercial. Protocolos com países como Coreia do Sul, México, Rússia, África do Sul, China e União Europeia determinam que, nestes casos, a certificação para exportações de todo o país seja suspensa de forma imediata.
Apesar das perdas iniciais, a expectativa do governo brasileiro é de que esses bloqueios comecem a ser flexibilizados em breve. Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, as restrições tendem a ser reduzidas gradualmente, passando de nacionais para regionais, como já ocorre com o Japão. A previsão é que, com o controle do foco, os embarques possam ser retomados a partir de uma área de 10 quilômetros ao redor da granja afetada, do próprio município ou apenas do estado.
Ainda segundo o ministério, as perdas para o Brasil podem variar entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões por mês, dependendo do tempo que durar a suspensão parcial ou total das exportações.
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