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24 municípios do Cariri sofrem déficit de repasses na Saúde após mudança em portaria

A Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) está em Brasília desde segunda-feira (19/05) para defender a reformulação de uma portaria instituída pelo Ministério da Saúde em 2024 e que tem vigência a partir deste mês de maio. Conforme informações obtidas pelo jornal Opinião CE, a soma dos déficits aos municípios chega a exatamente R$ 1.872.000,00.

 

Foto: Marcelo Camargo

 

A Associação dos Municípios do Ceará (Aprece) está em Brasília desde segunda-feira (19/05) para defender a reformulação de uma portaria instituída pelo Ministério da Saúde em 2024 e que tem vigência a partir deste mês de maio. Conforme informações obtidas pelo jornal Opinião CE, a soma dos déficits aos municípios chega a exatamente R$ 1.872.000,00.

A Dimensão Cadastro do Componente de Vínculo e Acompanhamento Territorial instituiu uma nova metodologia para o cálculo de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e, consequentemente, para o repasse de recursos aos municípios no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS).

Como divulgou o presidente da Aprece, Joacy Júnior, o “Juju” (PSB), o ofício entregue nesta segunda ao Ministério calcula 145 municípios cearenses com déficit financeiro detectado, sendo 24 desses localizados na região do Cariri.

A metodologia atual utiliza um parâmetro de faixa populacional por equipe de saúde como referência para o cálculo. O modelo é criticado, pois, mesmo que os municípios venham a possuir alto desempenho em cadastro de equipes de atenção primária, eles podem não atingir o desempenho populacional por equipe, já que podem ter, por exemplo, localidades com difícil acesso aos serviços de saúde.

Como explicou a Aprece, o modelo desconsidera particularidades territoriais, populacionais e logísticas dos municípios. “Essa padronização compromete a equidade do financiamento, penalizando especialmente os municípios com comunidades dispersas, populações rurais isoladas, indígenas, quilombolas e localidades de difícil acesso”, ressaltou a Associação. Juju frisou que, dos 184 municípios do Estado, mais de 80% são de pequeno porte e, por isso, possuem “características territoriais desafiadoras e alta dependência do financiamento federal”.

“A aplicação rígida da atual metodologia da Dimensão Cadastro, sem ajustes, ameaça o equilíbrio financeiro da APS cearense, enfraquece a presença do SUS nos territórios e compromete a atenção à saúde de populações historicamente vulnerabilizadas”, disse.

De acordo com Juju, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) também está defendendo a pauta, após ser comunicada pela Aprece.

CÁLCULO PROPOSTO

A Aprece, então, solicita a adoção de uma “Dimensão Cadastral do Município”, para que o cálculo não se dê por equipe, mas com base no desempenho global do município. Dessa forma, a equação sugerida é: a razão da soma do número de pessoas com Fichas de Cadastro Individual (FCI) vezes 0,75 e o número de pessoas com Ficha de Cadastro Domiciliar e Territorial (FCDT) vezes 1,5 com a população total do município.

De acordo com a entidade, o novo cálculo iria fortalecer a autonomia do município, permitindo que cada gestor organizasse suas equipes de forma adequada à realidade territorial, além de respeitar os princípios da descentralização e da hierarquização do SUS.

Confira os municípios do Cariri onde foi detectado déficit:

Abaiara R$ 2.000,00

Granjeiro R$ 2.000,00

Jardim R$ 2.000,00

Milagres R$ 2.000,00

Salitre R$ 2.000,00

Santana do Cariri R$ 2.000,00

Tarrafas R$ 2.000,00

Várzea Alegre R$ 2.000,00

Penaforte R$ 4.000,00

Porteiras R$ 4.000,00

Araripe R$ 6.000,00

Assaré R$ 6.000,00

Barro R$ 6.000,00

Missão Velha R$ 6.000,00

Altaneira R$ 8.000,00

Aurora R$ 8.000,00

Jati R$ 8.000,00

Caririaçu R$ 10.000,00

Mauriti R$ 12.000,00

Brejo Santo R$ 22.000,00

Lavras da Mangabeira R$ 24.000,00

Campos Sales R$ 26.000,00

Crato R$ 26.000,00

Juazeiro do Norte R$ 34.000,00

Fonte: Opinião CE

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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