O chá é considerado pela ONU a bebida mais consumida do mundo depois da água

Entre as bebidas mais populares e queridas do mundo, os chás são conhecidos pelo poder antioxidante e auxílio para o bom funcionamento do organismo.
O Dia Internacional do Chá é celebrado nesta quarta-feira, dia 21 de maio. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2020 para destacar a longa história e a relevância cultural e econômica da bebida no planeta, que há milênios faz parte da rotina de milhões de pessoas. Além disso, o chá é considerado pela ONU a bebida mais consumida do mundo depois da água.
Quente ou gelado, com sabores variados e diversos benefícios para a saúde, sendo os mais comuns os de camomila, hortelã, erva-doce, capim-cidreira, mate e boldo, os chás contêm compostos que ajudam a neutralizar os radicais livres, melhorar a função digestiva e fortalecer o sistema imunológico.
Muito além de um hábito saudável, tomar chá pode ser um momento para relaxar ou reunir amigos.
Para celebrar o Dia do Chá, confira os principais benefícios das infusões mais populares:
- Anti-inflamatórios: agrião, limão, hortelã, alecrim, cavalinha, dente-de-leão, urtiga, folha de abacate;
- Digestivos: hortelã, erva-doce, camomila, boldo, quássia, raiz de genciana, sálvia, carqueja, anis estrelado;
- Cicatrizantes: eucalipto, cavalinha, maracujá, couve, babosa, bálsamo-do-peru, cardo santo;
- Calmantes: capim-cidreira, maracujá, valeriana, hortelã, folha de laranja, melissa, alface e angélica.
- Antissépticos: arnica, bardana, limão e malva branca.
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Uma revisão de estudos publicada no Current Medicinal Chemistry indica que o chá verde se destaca por sua alta concentração de catequinas, um tipo de polifenol com potente ação antioxidante, o que contribui na proteção vascular, fortalecendo a saúde do endotélio — camada que reveste os vasos sanguíneos. Já uma análise publicada no periódico Nutrition Research mostra que esses compostos auxiliam na prevenção da oxidação do colesterol ruim (LDL).
Dicas de preparo e consumo
Conforme a nutricionista Clara Lucía Valderrama, o preparo do chá varia de acordo com a parte da planta utilizada. Quando se usam folhas ou flores, o ideal é fazer uma infusão: basta ferver a água, desligar o fogo, adicionar o ingrediente e tampar por cerca de 5 a 10 minutos. Esse método preserva melhor os compostos delicados, como os antioxidantes e óleos essenciais.
Já no caso de cascas, raízes ou partes mais duras da planta, o indicado é a decocção: coloca-se o ingrediente na água fria, leva-se ao fogo e deixa-se ferver por 5 a 15 minutos, para extrair os princípios ativos com eficácia.
Para preservar melhor seus compostos ativos, o indicado é manter as infusões longe de luz, umidade e calor.
A profissional diz que o ideal é consumir de uma a três xícaras por dia para aproveitar todos os benefícios e manter uma ingestão regular de fitonutrientes.
No entanto, para pessoas com maior sensibilidade à cafeína, recomenda-se que o consumo do chá verde ou preto não seja feito perto da hora de dormir, para não interferir na qualidade do sono.
Como o chá se popularizou no mundo há milênios?
Conforme publicação do Hospital Albert Einstein, inicialmente, o chá era consumido apenas com objetivo medicinal, mas começou a ser difundido como bebida popular por Confúcio, um líder espiritual chinês no século VI a.C.
Foi na Ásia, especialmente na China e no Japão, que a humanidade começou a cultivar folhas para o preparo do chá, que só chegou à Europa, trazido por holandeses e portugueses, devido às colônias que tinham na China.
O século XVIII marcou a disseminação da bebida pelo mundo, quando os ingleses incluíram o chá no cardápio diário, o famoso “chá das 5“.
Segundo a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido), a Companhia Holandesa das Índias Orientais levou a primeira remessa de chá da China para a Europa no ano de 1610.
No entanto, países da América do Sul já cultivavam o hábito de fazer infusões com erva-mate antes disso. Como publicado pelo National Geographic Brasil, os indígenas guarani já utilizavam a planta muito antes da chegada dos colonizadores espanhóis e portugueses, mas foram eles que introduziram outros tipos de chás mais comuns na Europa em terras latino-americanas.
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