Neste sábado (24), é celebrado o Dia Nacional do Café. Alta no preço do produto pesa no orçamento das famílias

Neste sábado (24), é celebrado o Dia Nacional do Café. O produto é atualmente uma das principais queixas dos consumidores por conta da alta do preço do café. Com o encarecimento do valor dos pacotes do grão em pó, preparar o próprio café todos os dias tem um peso maior no orçamento.
Uma opção avaliada pelos consumidores pode ser consumir a bebida diariamente fora de casa. Um levantamento realizado pelo Diário do Nordeste compara os gastos de fazer o próprio café e comprar a bebida pronta em estabelecimentos mais simples.
Considerando o preço médio de R$ 21,09 para um pacote de café de 300 gramas, o valor por xícara de 75 mL é de cerca de R$ 0,50. O valor de referência é da cesta básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Já em pequenas barracas de comida, um copo pequeno de café custa em torno de R$ 1,50. O valor médio foi identificado em análise de preço em três estabelecimentos de rua em Fortaleza.
A economia ao produzir a própria bebida, mesmo com o encarecimento nos supermercados, pode ser de R$ 1,00. O economista Allisson Martins, professor de Economia e Finanças da Universidade de Fortaleza (Unifor), destaca que a economia de cerca de dois terços do valor é significativa.
“Contudo, é importante considerar os custos indiretos como energia, gás, água e o investimento em equipamentos”, comenta.
Considerando o ponto de vista de poupar dinheiro, preparar o café em casa segue mais vantajoso no médio prazo. Já o consumo da bebida pronta é priorizado por quem prefere conveniência, economia de tempo e praticidade.
Um pacote de café de 300g rende cerca de 42 xícaras de 75 ml da bebida – são necessários cerca de sete gramas do grão.
Para comprar a mesma quantidade do café já preparado, o consumidor precisaria desembolsar cerca de R$ 63,00. Caso o café seja consumido em padarias e estabelecimentos maiores, que comercializam a bebida acima de R$ 1,50, a diferença de preço é ainda maior.
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“A decisão entre fazer em casa ou comprar pronto depende do perfil de consumo: quem prioriza economia tende a preparar em casa; quem valoriza agilidade e acessibilidade pode preferir pagar mais pela conveniência”, avalia Alisson.
É válido ressaltar que os preços ofertados pelos estabelecimentos também podem aumentar devido à inflação do produto nas prateleiras.
ALTA DO CAFÉ
O preço médio do café em Fortaleza praticamente dobrou em um ano, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O pacote de 300 g passou de R$ 10,91 em abril de 2024 para R$ 21,09 no mesmo mês de 2025. O café foi o item da cesta básica que mais encareceu em um ano.
A inflação do produto ocorre em todo o Brasil e está relacionada à queda da oferta no comércio internacional e à alta do dólar.
A produção nacional do grau também foi impactada, com irregularidade de chuvas no Sudeste e o clima seco nos principais estados produtores.
O preço médio do café tradicional torrado e moído chegou a R$ 62,33 neste ano, o maior valor da série histórica da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O valor é 87% maior do que em 2024, que foi de R$ 35,4.
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