Animal veio acompanhado de outros dois e fugiu em uma parada na Avenida Aguanambi

A engenheira química Thalita Diane Barbosa Couto, de 28 anos, pagou R$ 2 mil para garantir um transporte seguro e confortável entre Salvador e Fortaleza para seus três gatos. No entanto, durante uma parada feita já na capital cearense, na madrugada da última sexta-feira (23), um dos gatos fugiu após funcionários deixarem a caixa de transporte aberta.
O gato que escapou se chama Xanivaldo, tem seis anos e dez meses, e sempre foi criado dentro de apartamento. Segundo Thalita, ele não tem qualquer costume de sair de casa e se assusta com muitos estímulos. O animal era o gato de seu falecido pai. “Eu fiquei com ele depois que meu pai morreu. E eu tinha prometido para meu pai, prometi para ele que ia cuidar do gato dele”.
Foi por isso também que se mostrou criteriosa na busca por uma empresa que prezasse pela segurança dos animais. O serviço da Duo’s Pet Express transporta animais entre os estados.

Apesar de ter se mudado para Fortaleza no dia 28 de março, decidiu contratar o serviço apenas quando conseguiu um apartamento. O carro da transportadora saiu de Salvador às 16h do dia 21 de maio e estava previsto para chegar em Fortaleza na noite de 22 de maio.
O Diário do Nordeste entrou em contato com a Duo’s Pet Express, solicitando uma nota sobre o caso, mas não recebeu retorno até a publicação da matéria.
Pausa para limpeza da caixa
Durante o transporte, os funcionários enviavam registros e atualizações dos três gatos — Amora, Nêgo e Xanivaldo — a cada quatro horas. “Estavam dando notícias. Quando estavam se aproximando de Fortaleza, me avisaram que estariam chegando por volta das 11h30 da noite”, disse Thalita.
No entanto, a tutora, que acompanhava a viagem com a localização em tempo real, percebeu que foi feita uma parada próxima da Aguanambi, perto do Hospital Regional da Unimed, no bairro São João do Tauape.
“Entrei em contato com eles para entender o que tinha acontecido. Não tive resposta por uma hora. Eu estava tão nervosa, que eu já tinha pedido um táxi para ir ao local. Eles me ligaram, dizendo que já estavam na porta da minha casa. Retornei, e me disseram que um dos meus pets tinham fugido. Eles me entregaram dois e um eles deixaram fugir”.
Para a tutora, a empresa disse que fizeram a parada a fim de limpar a caixa de transporte. “Disseram que era um procedimento da empresa. Nisso, deixaram o gato sair da caixa de transporte e ele subiu em uma árvore”.
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Resgate do animal
Ainda na madrugada da última sexta-feira (23), Thalita chegou a ver o animal na árvore. Ela foi até o local em que deixaram o gato fugir, viu o animal em cima da árvore, mas ele não descia de forma alguma.
Por isso, decidiu chamar o serviço do Corpo de Bombeiros para fazer o resgate. Porém, o gato escapou das mãos de um dos bombeiros e caiu da árvore. O animal fugiu e desapareceu em seguida, desorientado. “Tentei chamar meu gato, mas ele não ia porque estava assustado. Perdi ele de vista”.
Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou chamado para a ocorrência, assim como a fuga do gato. A corporação detalhou ainda que esse tipo de fuga é comum em ocorrências como essa. “De modo geral, quando o gato consegue chegar, ele consegue sair. Principalmente quando se trata de ocorrências de altura”.

Logo nos dias seguintes, Thalita espalhou diversos cartazes nas redondezas, com uma foto de Xanivaldo e a oferta de uma recompensa de R$ 500.
“No dia, as meninas da transportadora ficaram comigo até o gato sumir. Me levaram em casa, disseram que tinham outras entregas para fazer, que eles fariam a entrega e voltariam no dia seguinte para procurar. Mas até agora não mandaram nenhum pedido de desculpa por isso”, declarou.
O último contato da empresa com Thalita foi realizado no dia 20 de maio, quando a transportadora informou também ter colocado e distribuído panfletos.
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