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Fortaleza é capital do Brasil que mais perdeu pessoas de alta renda em três anos; veja por cidade

Fortaleza foi a capital do Brasil que mais perdeu população das classes A e B entre 2020 e 2023. Em três anos, o declínio foi de 203,1 mil pessoas que ocupam a faixa socioeconômica dos "mais ricos". 

Levantamento considera ainda que público de baixa renda cresceu consideravelmente na capital cearense

Escrito por
Luciano Rodriguesluciano.rodrigues@svm.com.br
31 de Maio de 2025 – 09:00

Foto que contém vários prédios verticais de médio e alto padrão em Fortaleza. Ao fundo, o litoral da cidade com o mar
Legenda: População de alta renda encolhe em Fortaleza em três anos, enquanto cresce o número de pessoas de baixa renda na Capital
Foto: Carlos Marlon

Fortaleza foi a capital do Brasil que mais perdeu população das classes A e B entre 2020 e 2023. Em três anos, o declínio foi de 203,1 mil pessoas que ocupam a faixa socioeconômica dos “mais ricos”.

Os dados fazem parte do estudo especial “Classes de Renda no Rio“, divulgado nesta semana e elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) do Rio de Janeiro com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) anual, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

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A análise feita para o Rio de Janeiro é diametralmente oposta a de Fortaleza em praticamente todas as classes socioeconômicas. Em A e B, a cidade fluminense foi a capital brasileira com maior alta, ganhando 436 mil novos representantes.

Quando o recorte é feito por cada uma das faixas, Fortaleza também figura nas últimas posições. Na chamada classe A, que incluem pessoas com renda acima de R$ 25 mil, a redução foi de 68,1 mil pessoas. Esse segmento corresponde a 3,2% do total da população da capital cearense.

 

 

Já na classe B, que incluem indivíduos com renda entre R$ 8 mil e R$ 25 mil, o tombo foi maior. Fortaleza teve uma diminuição de 135 mil pessoas nessa faixa, o que equivale a 11,8% da população municipal.

 

 

Seis em cada dez pessoas de Fortaleza são das classes D e E

A queda no segmento de população de alta renda é inversamente proporcional entre o público que recebe menos em Fortaleza. A Capital perdeu 203,1 mil pessoas das classes A e B; em compensação, ganhou 262 mil das classes D e E.

Compõem esses grupos quem ganhava, até o fim de 2023, entre R$ 1,3 mil e R$ 4 mil (classe D) e até R$ 1,3 mil (classe E). É a faixa chamada de baixa renda, onde muitas das pessoas são beneficiárias inclusive de programas sociais, como o Bolsa Família.

Apesar do elevado crescimento nesse setor, Fortaleza não figura como a capital brasileira com a maior população das classes D e E. O posto é ocupado por Recife (PE), onde mais de 62% dos moradores recebiam no final de 2023 até três salários mínimos.

 

 

Classe C dispara em São Paulo e tem queda leve em Fortaleza

Se nos comparativos entre as classes mais altas e as mais baixas as capitais cearense e pernambucana estão em pontos completamente opostos, no segmento da chamada classe média, representada pela faixa populacional que recebia em 2023 entre R$ 4 mil e R$ 8 mil mensais, o protagonismo não fica com nenhuma das duas cidades.

A maior alta entre 2020 e 2023 foi em São Paulo. Nos três anos, a cidade ganhou mais de 315 mil pessoas da classe C. Apesar disso, não fica na capital paulista a maior proporção de representantes dessa faixa em relação à população. A liderança é de Curitiba (PR), onde 40,9% dos indivíduos são de classe média“.

Em Fortaleza, essa porcentagem é de 26,6%, mas a cidade teve uma leva queda de cerca de 7 mil pessoas da classe C no comparativo entre 2020 e 2023. O maior tombo foi em Salvador (BA), onde a população dessa faixa socioeconômica reduziu mais de 110 mil em três anos.

 

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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