Convocação de agosto para jogos das Eliminatórias será feita integralmente pelo técnico italiano
09/06/2025 04h30 Atualizado agora
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_1f551ea7087a47f39ead75f64041559a/internal_photos/bs/2025/c/u/z3FBcyTdue7Y1mdEJ8LQ/54568041146-d3df015085-c.jpg)
A cada dia mais adaptado à rotina carioca, Carlo Ancelotti vai a Madri na semana que vem para providenciar o restante de sua mudança para o Rio. Na volta, define o roteiro da viagem aos Estados Unidos, onde assistirá a jogos do Mundial de Clubes da Fifa. Na próxima convocação, em agosto, a relação dos jogadores selecionados para enfrentar o Chile, no Brasil, e a Bolívia, em La Paz, será 100% feita por ele. Será a última das Eliminatórias.
É impossível dizer agora qual será o saldo desta experiência de ter um italiano vencedor, experiente e carismático à frente do símbolo mais valorizado do futebol. Mas ainda que esteja há 23 anos sem conquistar uma Copa do Mundo, a camisa verde e amarela exerce grande fascínio sobre as pessoas. E a presença de um treinador campeão à frente de times de cinco diferentes países da Europa talvez ajude nesta necessária e tão sonhada alquimia.
Dia desses, um amigo me contou ter voltado a se animar com os jogos da seleção brasileira por ter percebido no jeito de Ancelotti a figura de um homem simplório. “Tipo, o tio da praça”, ele disse, sentindo-se tocado pela postura acolhedora do italiano. A CBF já percebeu a empatia. Rodrigo Caetano, o diretor de seleções, vem se desdobrando na missão de apressar a adaptação de Carletto — como é chamado por todos nos bastidores da seleção.
A vitória sobre o Paraguai neste jogo desta terça-feira, em Itaquera, é considerada fundamental. E não só para efeitos de classificação. O empate com o Equador na estreia em Guayaquil estancou o sangue das feridas abertas pelos 4 a 1 impostos pelos argentinos, e o objetivo agora é melhorar o jogo ofensivo. A volta de Raphinha é um trunfo, mas a mudança será também na postura, com pelo menos um dos laterais sendo mais ofensivo — Vanderson, talvez.
Acho graça dos que se apegam às críticas precipitadas. Esperar e torcer pela melhora da seleção brasileira não é “pachequismo”. Tampouco ufanismo! É mesmo entendimento sobre o processo de formação de um time competitivo. E sem ilusão. Não acho que a seleção vai jogar o futebol que encantou o mundo no passado. Mas a expectativa vai mudar na medida em que jogadores e técnico se afinarem na melhor estratégia de jogo.
Se será o suficiente para acabar com o jejum, não dá para dizer. É possível, no entanto, acreditar no ressurgimento de uma seleção mais atraente e honrosa…
Adcionar comentário