Notícias

Inclusão social: policial cria projeto que usa esporte no desenvolvimento de crianças

Com o foco em afastar crianças e adolescentes do mundo da criminalidade e promover o desenvolvimento, o policial civil Alfredo Alcântara, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), criou o projeto "Semeando Cidadania". A iniciativa utiliza o esporte como ferramenta principal para oferecer novas perspectivas de vida, por meio de atividades como futebol, taekwondo e corrida de rua

A ação, que começou em julho de 2023, já impacta a vida de 150 jovens entre 6 e 17 anos.

Crianças jogam futebol. | Jéssica Machado/ Portal MeioNewsCrianças jogam futebol. | Foto: Jéssica Machado/ Portal MeioNews

Com o foco em afastar crianças e adolescentes do mundo da criminalidade e promover o desenvolvimento, o policial civil Alfredo Alcântara, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), criou o projeto “Semeando Cidadania”. A iniciativa utiliza o esporte como ferramenta principal para oferecer novas perspectivas de vida, por meio de atividades como futebol, taekwondo e corrida de rua.

 

A ação, que começou em julho de 2023, já impacta a vida de 150 jovens entre 6 e 17 anos. Segundo o agente, a experiência de 25 anos na área de segurança pública embasa o conhecimento sobre os danos causados pelas drogas e facções criminosas às famílias. Ele explicou a partir disto o projeto surgiu como uma forma de apresentar uma nova visão de mundo para esses jovens, quebrando o ciclo de vulnerabilidade.

 “São atrativos que a gente que as crianças gostam e a gente consegue abranger uma quantidade, um número muito bom de jovens. […]. Inclusive, estamos em fase de expansão. O nosso objetivo é chegar aos limites dos municípios aqui. A gente faz essa triangulação entre o projeto, a família e a escola, para a gente colher essas informações e saber lidar com a especificidade de cada jovem e criança. O contexto social e familiar que essa criança é inserida e o acompanhamento escolar, de como ele tá na escola. Priorizar as notas e a disciplina na escola. Esses são os fatores”, afirmou.

O atleta Felipe Borges, de 11 anos e uma das crianças assistidas pela iniciativa, destacou que a ação é um incentivo importante e que município não dispõe de outros projetos similares, como escolas de futebol.

“O nome do projeto já diz, projeto “Semeando Cidadania”. Não é só o futebol, não é só taekwondo, mas também explicar e entender a ser o cidadão direito, para não tá entrando nessas facções, nessas coisas ruins para a gente”, disse Felipe.

Sabrina Feitosa de Sousa, de 11 anos, participa do projeto desde 2023. Praticando taekwondo e futebol, ela relata que possui o desejo em ser jogadora profissional. “”Eu achei o projeto muito incrível, muito legal, dá muitas coisas boas. […] O que no meu coração vai estar sempre é futebol. Porque o futebol é uma coisa que gosto muito, jogar, praticar muitas coisas. Quando crescer eu também quero ser jogadora de futebol”, disse.

ASSISTÊNCIA E ACOMPANHAMENTO

Além das atividades impostas, e contam com o apoio de 12 voluntários como educadores físicos, psicólogos e assistentes sociais, o “Semeando Cidadania” promove palestras sobre valores morais, disciplina e a prevenção contra facções e drogas, buscando também a inclusão de crianças autistas.

O idealizador ainda relatou que a equipe também realiza visitas a cada família para entender suas realidades e necessidades. “Para que a gente, quando identifique alguma vulnerabilidade nessas crianças, a gente possa fazer uma intervenção profissional, não é uma intervenção amorosa. A gente chama o profissional e faz uma visita na família através desses profissionais para saber as causas e poder ajudar no tratamento e melhoria desse jovem”, afirmou.

David Fortes, pai do Artur Levi, de 6 anos, e Davi Lucas, de 9, contou que Artur foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e que havia um receio de inseri-lo no projeto, mas que adaptação tem sido tranquila, e a família observa melhora em seu comportamento na escola.

“O receio da gente era trazer ou colocá-lo sem o interesse dele e ele não conseguir se enturmar na turma no projeto. E isso refletir mal também na escola. E assim, foi ao contrário, a inserção dele foi tá sendo super tranquila e na escola a gente tem observado que ele tem melhorado. Acho que cada dia, para pais de autista, é uma dificuldade, mas assim, com relação ao projeto, tem melhorado” finalizou. 

 

Avatar

Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

Adcionar comentário

Clique aqui para postar um comentário