Após décadas de guerra indireta e operações pontuais, esta é a primeira vez que os dois países se enfrentam militarmente com tamanha intensidade

Um novo bombardeio de Israel atingiu a região oeste do Irã nesta segunda-feira (16), marcando o quarto dia de conflito entre as nações do Oriente Médio. A série de ataques entre as nações começou na sexta-feira (13).
A ofensiva acionou sirenes de ataque aéreo em todo o país, enquanto os serviços de emergência relataram pelo menos cinco mortos e dezenas de feridos. Um míssil caiu perto do Consulado dos Estados Unidos em Tel-Aviv, sem provocar grandes danos, segundo o embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee. Nenhum membro da representação ficou ferido.
“O regime sionista atacou brutalmente o prédio dos bombeiros do município de Musiyan”, na província de Ilam, informou a agência de notícias Tasnim, que publicou um vídeo que mostra colunas de fumaça.
O Exército israelense afirmou que destruiu “um terço” dos lançadores de mísseis terra-terra do Irã. A República Islâmica respondeu com disparos de mísseis, conforme o porta-voz das Forças Armadas, general Effie Defrin, informou em uma entrevista coletiva.
Desde o início da nova série de ataques, os lançamentos de mísseis iranianos contra o território israelense provocaram 24 mortes, segundo um balanço atualizado divulgado nesta segunda-feira pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Já os bombardeios de Israel à República Islâmica causaram pelo menos 224 mortes e deixaram mais de mil feridos, indicou nesse domingo (15) o Ministério da Saúde. Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Hossein Kermanpur, “mais de 90%” das vítimas são civis.
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O chefe de inteligência da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi, morreu neste domingo com outros dois oficiais em um bombardeio israelense, segundo a agência de notícias oficial Irna.
Conflito entre Irã e Israel
O conflito começou na sexta-feira, quando o Exército israelense lançou um ataque sem precedentes contra o Irã, com o objetivo declarado de impedir que o país se equipe com armas nucleares.
Após décadas de guerra indireta e operações pontuais, esta é a primeira vez que os dois países se enfrentam militarmente com tamanha intensidade.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Israel, instou nesse domingo os dois países a “chegarem a um acordo”. O mandatário disse que era “possível” que seu país se envolvesse no conflito, mas garantiu que “não está envolvido neste momento”.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou ter “provas sólidas sobre o apoio de forças e bases americanas” aos ataques de Israel.
Um alto responsável militar iraniano, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas, prometeu uma resposta “devastadora” e advertiu que em breve Israel “não será habitável”.
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