Ação foi motivada devido às condições climáticas desafiadoras, segundo a direção do Parque Nacional do Monte Rinjani

O helicóptero responsável por auxiliar no resgate de Juliana Marins, de 26 anos, que caiu perto do vulcão Rinjani, na Indonésia, não conseguiu chegar ao local do acidente devido a condições climáticas. A informação foi divulgada nessa terça-feira (24) pela direção do Parque Nacional do Monte Rinjani.
“Não é tão fácil e rápido quanto pensávamos”, afirma o comunicado publicado nas redes sociais do parque. Segundo a companhia, essa é a sexta equipe mobilizada para salvar Juliana.
A direção do local também anunciou que, a partir desta terça, a rota para o cume do vulcão foi temporariamente fechada para agilizar a operação de resgate. “Pedimos a compreensão e cooperação de todas as partes para o bom andamento desse esforço humanitário”, diz o informe sobre o fechamento.
Também na madrugada de hoje, o perfil “Resgate Juliana Marins”, gerido por familiares da vítima, informou que muitas autoridades estão presentes no local para reforçar as buscas. A família também afirma que há três planos de apoio em andamento, porém, “ainda não chegaram” a Juliana.
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Brasileira foi localizada imóvel
As buscas pelo paradeiro de Juliana foram retomadas nessa segunda-feira (23), após uma breve interrupção no domingo (22), devido às condições climáticas desafiadoras.
Pouco tempo após saber da retomada do resgate, a irmã da vítima, Mariana Marins, convidou o público a se unir numa corrente de orações por Juliana: “Quero agradecer toda energia positiva, todo carinho que vocês têm enviado. Tenho certeza que ela está sentindo isso lá agora e isso está mantendo ela viva. Vamos trazer a Juliana para casa”.

Segundo a direção do Parque do Monte Rinjani, um drone conseguiu localizar a brasileira a cerca de 500 metros de profundidade. Contudo, ela estava imóvel em uma trilha, aparentemente.
“A operação enfrenta terreno extremamente difícil e condições climáticas instáveis. A neblina densa reduz a visibilidade e aumenta os riscos. Por segurança, a equipe foi recolhida a uma posição segura”, informa o comunicado oficial.
Antes de os helicópteros se deslocarem ao Monte Rinjani, a família da brasileira compartilhou que ela está “mais longe” do que o estimado. “A equipe de resgate desceu 400 metros, mas estimaram que a localização de Juliana ainda está a uns 650 metros de distância”, diz a nota compartilhada nas redes sociais.
O que diz o governo brasileiro?
Por meio do Itamaraty, o Governo do Brasil informou que o representante brasileiro em Jacarta acompanha “pessoalmente” a continuidade das buscas por Juliana Marins. Em uma nota enviada à imprensa, o órgão também garantiu que mobilizou “autoridades locais, de mais alto nível”.
“O Ministro das Relações Exteriores, em nome do governo brasileiro, também iniciou contatos de alto nível com o governo indonésio com o objetivo de pedir reforços no trabalho de buscas na cratera do Mount Rinjani”, finaliza o informe.
Entenda o caso
O acidente com Juliana ocorreu na última sexta-feira (20). Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, que foi ao ar no domingo (22), turistas do grupo dela detalharam que o percurso tinha muita neblina, frio intenso e terreno instável. O guia negou ter abandonado a brasileira na trilha.
O francês Antoine Le Gac citou que havia pouca visibilidade. “Durante a trilha, tínhamos diferença de nível. No momento do acidente, eu estava bem na frente, ela estava sozinha atrás com o guia. Era muito cedo, antes do sol nascer, em condição de visibilidade ruim, com uma simples lanterna para iluminar terrenos difíceis e escorregadios”.
A família recebeu a notícia do acidente na noite de sexta-feira, por meio de um contato feito por espanhóis nas redes sociais.
“As informações que a gente tem, também do parque, é que Juliana entrou em desespero, porque ela não sabia para onde ir, não sabia o que fazer. Quando o guia voltou, porque percebeu que ela estava demorando muito, ele viu que ela tinha caído lá embaixo”, afirmou Mariana Marins.
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