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Combustíveis, alimentos e produtos metalúrgicos puxam vendas da indústria cearense

Os setores de coque e derivados de petróleo — incluindo combustíveis, como gasolina, óleo diesel e querosene —, de fabricação de alimentos e de metalurgia, como ferro, alumínio, aço e ligas metálicas, puxaram a receita líquida de vendas da indústria cearense. 

Fabricação de coque, biocombustíveis e derivados do petróleo corresponde a quase 20% da receita industrial cearense

Escrito por
Redaçãoproducaodiario@svm.com.br
25 de Junho de 2025 – 10:01

Imagem de produção em indústria de alimentos
Legenda: Indústria de alimentos no Ceará está entre setores com maiores receita, aponta estudo do IBGE
Foto: Agência Brasil

Os setores de coque e derivados de petróleo — incluindo combustíveis, como gasolina, óleo diesel e querosene —, de fabricação de alimentos e de metalurgia, como ferro, alumínio, aço e ligas metálicas, puxaram a receita líquida de vendas da indústria cearense. 

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Anual divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (24).

A receita líquida de vendas total do Ceará foi de R$ 95,7 bilhões. Os dados do levantamento consideram o ano de 2023, quando o Estado tinha 5.767 indústrias ativas.

Somente o setor de fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis gerou uma receita anual de R$ 18,7 bilhões, representando quase 20% do total de receitas da indústria.

Já a fabricação de produtos alimentícios teve uma receita de R$ 16,7 bilhões, cerca de 17,5% do total. Em seguida, está o setor da metalurgia (transformação de metais e suas ligas), que registrou receita de R$ 14,3 bilhões, quase 15% do total.

O levantamento do IBGE também indica os setores de preparação de couros, fabricação de produtos químicos e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos como representativos na produção industrial cearense.

 

 

CRESCIMENTO DO VALOR ADICIONADO DA INDÚSTRIA

O Ceará cresceu sua participação no Valor de Transformação Industrial do Nordeste em 2023, em comparação com 2014. O Estado cresceu sua fatia de 14,4% para 17,1%.

As atividades cearenses com maior valor de transformação são fabricação de produtos alimentícios (16,9%), preparação de couro, artigos para viagem e calçados (15,8%) e fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (13,7%).

A indústria alimentícia cresceu seu valor de transformação desde 2014, enquanto a indústria de preparação de couros, artigos para viagem e calçados perdeu valor.

Helder Rocha, chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE Ceará, aponta que o resultado pode estar relacionado ao crescimento da composição de determinadas áreas.

“Algumas atividades incorporam maior valor agregado, como as indústrias de metalurgia, que incorporam mais valor na transformação da matéria (processamento, distribuição, transporte). E isso pode estar relacionado as atividades correlatas no complexo industrial de São Gonçalo do Amarante ao longo dos últimos anos”, afirma.

O indicador considera o valor bruto da produção industrial, retirando os custos das operações industriais. A participação cearense é a terceira maior da região, atrás de Pernambuco (22,7%) e Bahia (33,4%).

Helder ressalta a importância de medir as transformações do segmento industrial com o tempo. “Seus resultados são referência para a análise das atividades que compõem esse segmento e subsidiam as estimativas macroeconômicas do Sistema de Contas Nacionais – tal como produto interno bruto – PIB”, aponta.

PESQUISA INDUSTRIAL ANUAL

O Nordeste representa 8,2% do valor de transformação industrial do Brasil – índice menor que o registrado em 2014. A maior parte do valor é oriunda da região Sudeste (60,9%), seguida da região Sul (18,7%).

As indústrias do Norte correspondem a 6,2% do valor de transformação industrial, enquanto as do Centro-Oeste, 6,1%.

O IBGE identificou 376 mil indústrias no Brasil, com 8,5 milhões de pessoas ocupadas. Em 2023, a receita líquida de vendas foi de R$ 6,4 trilhões.

A indústria de alimentos detém a maior fatia da receita industrial brasileira – cerca de 23,6% das vendas vem da produção de alimentos.

Aparecem em seguida a metalurgia (6,2%), a extração de minerais metálicos (3,5%), a fabricação de celulose, papel de produtos de papel (2,7%) e a extração de petróleo e gás natural (2,5%).

A pesquisa industrial do IBGE retrata características e composições das entidades empresariais cuja principal origem da receita seja proveniente da atividade industrial.

Entre os indicadores, está pessoal ocupado, salários, custos, despesas e receitas.

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Carlos Alberto

Oi, eu sou o Carlos Alberto, radialista de Campos Sales-CE e apaixonado por futebol. Tenho qualidades, tenho defeitos (como todo mundo), mas no fim das contas, só quero viver, trabalhar, amar e o resto a gente inventa!

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