O suspeito nega o crime e ainda não foi localizado pela polícia.

A Polícia Civil do Acre investiga uma denúncia de estupro e roubo feita por uma turista chilena contra o líder indígena Isaka Ruy, da comunidade Huni Kuî, localizada em Feijó, interior do estado. A vítima, Loreto Belén, afirma ter sido agredida sexualmente e roubada durante uma vivência espiritual na Aldeia Me Nia Ibu. O suspeito nega o crime e ainda não foi localizado pela polícia. Com informações do g1.
O QUE ACONTECEU
Loreto relatou que chegou ao território indígena no dia 15 de maio para uma imersão cultural e que o abuso teria ocorrido em 17 de junho, após ela ter sido conduzida a uma área isolada da mata pelo líder indígena.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no dia 23 de junho, o crime teria sido gravado pela própria vítima, que filmava a atividade como parte da vivência.
A turista afirma que foi tocada de forma íntima sem consentimento em pelo menos três ocasiões. Após o estupro, relatou ainda ter sido agredida com um pedaço de madeira pela esposa do suspeito e expulsa da comunidade. Um dos celulares que ela utilizava para registrar os momentos da experiência também teria sido tomado por familiares de Isaka Ruy.
inquérito instaurado
A Polícia Civil instaurou inquérito e confirmou que Loreto foi ouvida, realizou exames médicos e entregou vídeos como prova. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também foi comunicada. Isaka Ruy não foi encontrado desde que o caso foi levado à polícia.
Loreto afirma que decidiu tornar pública a denúncia para evitar que outras pessoas passem pela mesma situação. “Espero que outras mulheres tenham coragem de denunciar. Não quero difamar ninguém, mas isso não pode se repetir”, declarou em vídeo nas redes sociais.
A turista recebeu apoio do Departamento Bem Me Quer e do Organismo de Políticas Públicas para Mulheres (OPM), que auxiliaram nos atendimentos e providenciaram seu retorno ao Chile por medida de segurança. O caso será investigado.
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