Caso ocorreu em Curitiba, no Paraná

Um menino com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não verbal de 4 anos foi encontrado amarrado dentro de um banheiro de uma escola em Curitiba, no Paraná. O caso ocorreu na segunda-feira (7), e uma professora da instituição de ensino foi presa em flagrante após denúncias de maus-tratos.
Segundo a Guarda Municipal (GM), o garoto estava sozinho e amarrado em uma cadeira pelos pulsos e pela cintura com tiras de tecido, e não há informações de quanto tempo o menino ficou no banheiro. A escola fica localizada em Araucária, na Região Metropolitana da capital paranaense.
Segundo os guardas municipais que foram até o local, a professora confessou ter amarrado o menino porque ele estava muito agitado. Conselheiros tutelares também foram até a escola, e informaram que a professora tomou essa atitude com autorização pedagógica da instituição de ensino. Até o momento a escola não se pronunciou sobre o caso.
Veja também
“Foi uma situação triste, bem delicada. Nunca presenciei algo assim […] Ela (criança) estava de roupa, mas era um ambiente gelado. Aqui já tem feito muito frio e, dentro do banheiro, não sabendo por quantas horas aquela criança permaneceu ali dentro, a gente não tem como dimensionar”, disse o conselheiro tutelar, Vanderlei Chefer ao portal g1 Paraná.
Presa em flagrante por tortura, a professora foi encaminhada à Delegacia da Polícia Civil, e ficou em silêncio durante o depoimento. Ela deve passar por audiência de custódia ainda nesta terça (8). Segundo a RPC, afiliada da TV Globo, uma pedagoga foi encaminhada à unidade policial, mas não permaneceu presa.
De acordo com os pais do menino, ele estuda na escola há quase três anos, mas que, nos últimos meses, as professoras passaram a reclamar do comportamento dele. As aulas foram canceladas nesta terça.
“Meu marido me ligou falando que era pra eu ir urgente pra escola que ele estava preso no banheiro. Cheguei na escola e ele não estava mais amarrado. A hora que vi as imagens, fiquei desesperada. É muito triste, desesperador”, disse a mãe Mirian de Oliveira Ambrozio.
Os pais da criança afirmaram ainda que receberam outras imagens mostrando o menino amarrado em outras ocasiões. “Na sexta-feira ele foi amarrado também. Ele estava mamando amarrado, outra pessoa segurando a mamadeira para ele […] É um arrependimento de ter colocado ele nessa escola”, disseram.
Adcionar comentário